Cão Joca, Golden Retriever, morreu em voo errado para Fortaleza. Últimos registros: avião, veterinário, cãozinho, compartimento, etiquetas erradas, outras cidades.
Joca, o adorável golden retriever, ganhou destaque nas telinhas do ‘Fantástico’ deste domingo (28). O bichinho, que estava programado para viajar do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, para Sinop, no Mato Grosso, ao lado de seu dono, João Fantazzini, teve um destino trágico. O pet acabou sendo despachado em um voo com destino a Fortaleza, no Ceará, onde infelizmente veio a falecer.
É sempre importante garantir a segurança dos animais de estimação durante viagens, para evitar situações lamentáveis como a de Joca. A atenção aos detalhes e a comunicação clara com as companhias aéreas são fundamentais para que nossos pets sejam transportados com todo o cuidado e cheguem ao destino são e salvos. Afinal, nossos amigos de quatro patas merecem todo o cuidado e carinho durante seus deslocamentos.
A chegada de Joca a Fortaleza e os últimos registros
No vídeo divulgado pelo programa, Joca aparece já no Ceará no carrinho para embarcar novamente para São Paulo. Uma funcionária chega a interagir com o cãozinho dentro da caixa. ‘Pronto ó. Cachorrinho, tranquilo, tem água. Menino do papai, bebê. Tá tranquilinho, bonitinho. Tá bom? Vai retornar lá para Guarulhos’, diz a mulher.
Porém, ao voltar para o sudeste, Joca já estava sem vida. Em um depoimento emocionante, Fantazzini relembrou o desespero ao se deparar com o corpo do cãozinho. ‘Quando eu cheguei em Sinop, uma responsável da Gol me ligou e falou que teve um erro. Que eles colocaram o cão em outro voo que foi para Fortaleza. Depois o Renato, eu não sei quem é esse Renato, começou a mandar fotos para mim. Falando que a companhia recebeu o Joca em Fortaleza, que ele estava bem e estava recebendo água’, contou João. ‘Aí eu o vi morto. Eu lembro que passei a mão nele, ele estava molhado’, continuou, às lágrimas.
O engenheiro já havia sido avisado que o pet tinha passado mal e que um veterinário tinha sido acionado. O profissional, porém, só teria feito a consulta três horas após o desembarque do animal. Joca já estava sem vida quando o tutor o encontrou no canil.
A situação das etiquetas e a investigação em andamento
Ao todo, Joca passou quase dez horas trancado dentro da caixa de transporte. João ainda disse que a caixa em que o cãozinho viajou foi cedida pela companhia aérea, após ele pagar o valor de R$ 2.400. ‘Quando a caixa chegou com ele, viram que tinha etiquetas de outras cidades na caixa, para um cão de 13 quilos que não era do Joca. E essa etiqueta aqui, que é verde, está escrito ‘conteúdo Chiara’, estava em todos os lados da caixa. Então, eles não se atentam nem para saber o nome dele’, desabafou João.
A polícia está investigando o caso. O delegado Antônio Carlos Desgualdo, de Guarulhos, explicou que a polícia paulista está agindo junto das autoridades de Fortaleza. Cinco testemunhas já foram ouvidas. Wilson Camelo, do Ceará, informou que Joca estava vivo quando embarcou para São Paulo. ‘O tempo que ele ficou aqui em Fortaleza foi esse, de aproximadamente 40 minutos. Vamos confirmar essa linha de investigação com os depoimentos que ainda serão colhidos na próxima semana’, apontou.
Para os veterinários, o calor excessivo dentro do compartimento do avião pode ter sido a causa de uma parada cardiorrespiratória. ‘Pelo fato de ter salivação no entorno, pode ser que houve ali realmente um caso de hipertermia, que é o calor excessivo. Mas a necrópsia vai conseguir elucidar isso’, explicou a veterinária Rira Ericson.
Fonte: @ Hugo Gloss
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