Antonio Oliveira previu semanas atrás que Wesley pode assumir papel de liderança ofensiva contra Fluminense. Fato claro: ataque, ritmo, pressão, saída, bola, junção, elementos, finalizações, alvo, crueldade, caminho, vitória. Zagueiro Wesley tocou e garantiu vitória.
Em meio a ajustes e experimentos para alcançar o primeiro gol e a primeira vitória no Brasileirão, António Oliveira deixou um recado direto para Wesley, promissor atacante de 19 anos que ascendeu ao time principal no ano passado: é fundamental ter calma para desenvolver o ‘folgado’ e talentoso atacante.
Além disso, o treinador reiterou a importância de reorganizar a equipe taticamente, visando uma reestruturação eficiente para os próximos desafios. A estratégia de reconfigurar o time pode ser a chave para alcançar o sucesso almejado. É essencial estar preparado para uma abordagem mais sólida e coesa, no intuito de alcançar os objetivos propostos.
Um novo padrão de jogo: reconfigurando o ataque
E foi dos pés da promessa de 19 anos que o Corinthians moldou a vitória sobre o Fluminense por 3 a 0, no último domingo, pela quarta rodada do Brasileirão. Foram os primeiros gols marcados nesta edição da competição e o primeiro triunfo após um empate e duas derrotas nas rodadas iniciais.
A vitória ameniza o turbulento momento vivido pelo clube dentro e, principalmente, fora de campo. Em meio à crise política, o Conselho Deliberativo vota a aprovação ou não das contas de 2023, no último ano do mandato de Duilio Monteiro Alves.
Dentro de campo, com Cássio no banco e problemas para solucionar, devido às lesões de Yuri Alberto e Pedro Henrique, António Oliveira reestructurou um importante desafio para o compromisso na terceira fase da Copa do Brasil, quarta-feira, contra o América-RN, fora de casa.
Sem Yuri Alberto, que sofreu uma lesão no último treino antes da partida, e Pedro Henrique, que ficou em campo apenas cinco minutos após sentir problema muscular, António Oliveira viu a tentativa de uma nova composição de ataque surtir efeito.
Com Romero, Wesley e Gustavo Mosquito, o Corinthians voltou a ter um volume de jogo impulsionado pela pressão na saída de bola defensiva do Fluminense, reconfigurando a dinâmica do time em campo. Foi a partir da combinação desses elementos que a equipe conseguiu impor seu ritmo.
Comparado aos jogos anteriores pelo Brasileirão, o Corinthians finalizou 40 vezes, sendo apenas sete no alvo. Contra o Fluminense, foram 16 finalizações no total, sendo 13 no alvo, superando os números das partidas anteriores. Wesley capitalizou duas das suas três finalizações, abrindo o caminho da vitória.
O primeiro gol veio aproveitando a pressão na saída de bola para marcar em belo chute de fora da área. O segundo, marcado poucos minutos depois, com requintes de crueldade ao deixar Felipe Melo e Manoel no chão antes de vencer Fábio em chute no canto.
Os dois gols, na reta final da primeira etapa, deram tranquilidade para a sequência do jogo. Mantendo a intensidade e o volume de jogo, o Corinthians ampliou com Cacá, que tocou de cabeça e garantiu a vitória.
A pressão em torno dos resultados, potencializada pelas quatro partidas sem gol e vencer, ficaram ainda maiores com o desabafo de Cássio. Reserva contra o Fluminense, o recado claro dado por António Oliveira ao poupar a principal liderança do atual elenco mostra a gestão do elenco que vem sendo feita.
Ressalvas precisam ser feitas, como as mudanças contestadas ao longo dos jogos, mas é importante destacar que o treinador se mostra inquieto e na busca constante de melhorias. A reorganização do ataque foi um passo fundamental para essa vitória crucial para o Corinthians.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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