A polícia investiga se o herbicida causou intoxicação em cães nos bairros Barra da Tijuca e Jardim Oceânico; sete morreram, segundo moradores.
BRUNA FANTTIRIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A DPMA (Delegacia de Polícia do Meio Ambiente) descobriu um zelador que, sem querer, pode ter contaminado um espaço público com o herbicida glifosato ao usar o produto no pátio de um condomínio no Rio de Janeiro. O delegado Wellington Vieira, responsável pela investigação, confirmou a informação nesta sexta-feira (14).
O zelador, que atua como cuidador do condomínio, foi identificado como o possível responsável pela contaminação acidental. A presença do herbicida glifosato em um local de uso comum acende o alerta para a necessidade de maior atenção e cuidado por parte dos funcionários que lidam com produtos químicos. A investigação liderada pelo delegado Wellington Vieira busca esclarecer os detalhes desse incidente e garantir a segurança da comunidade local.
Zelador sob investigação por intoxicação de cães em bairros do Rio de Janeiro
A polícia está investigando se o herbicida é o responsável pela intoxicação de 40 cães nos bairros Barra da Tijuca e Jardim Oceânico. Moradores da região relataram que sete cachorros já faleceram devido ao envenenamento. Um laudo que determinará a causa da intoxicação será concluído em 30 dias.
Responsabilidade do zelador em questão
Caso seja confirmado que o zelador tem responsabilidade no envenenamento dos cães, ele será indiciado por maus-tratos a animais, conforme informou a polícia. O crime de maus-tratos a animais pode resultar em prisão de dois a cinco anos, multa e proibição de guarda do animal.
Modalidade culposa e negligência em foco
O crime de maus-tratos a animais não prevê a modalidade culposa, que ocorre por negligência, imprudência ou imperícia. O delegado responsável pela investigação mencionou a possibilidade de dolo eventual no caso. A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente está disponível para receber denúncias e fornecer orientação.
Uso do herbicida e seus riscos
O herbicida em questão é utilizado desde 1970 para eliminar ervas daninhas. A Anvisa autoriza sua aplicação em jardinagem amadora com uma diluição de 1%. No entanto, em concentrações incorretas, o herbicida pode representar riscos à saúde.
Alerta sobre o herbicida e suas consequências
O glifosato, princípio ativo do herbicida, pode ser prejudicial se ingerido, inalado ou absorvido pela pele. A veterinária Jéssica Monteiro alertou sobre os perigos do produto para os animais, descrevendo sintomas graves como úlceras, vômitos com sangue, convulsões e choque cardiogênico.
Atenção à aplicação correta do herbicida
Além de seu uso na agricultura, o herbicida é autorizado em diversas áreas, como margens de rodovias e ferrovias, pátios industriais e oleodutos. O produto é vendido por cerca de R$ 40 e seu uso inadequado pode resultar em danos à saúde e ao meio ambiente.
Suspeitas adicionais e alerta para os tutores
A suspeita de que carne com chumbinho possa ter sido dada aos cães intoxicados não foi descartada. É fundamental que os tutores estejam atentos aos alimentos e substâncias que seus animais têm acesso, a fim de prevenir casos de envenenamento acidental.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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