Após emergência, Ministério da Saúde mantém vigilância intensiva das arboviroses, planejando evitar novas epidemias de forma permanente e coletiva.
O Ministério da Saúde desativou, hoje, o Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública para Dengue e outras Arboviroses (COE) e reabriu a Sala Nacional de Arboviroses, que passa a operar de maneira contínua no monitoramento e combate aos casos de dengue, chikungunya, Zika e febre do oropouche no território nacional.
A propagação das doenças transmitidas por artrópodes como mosquitos e carrapatos é um desafio constante para as autoridades de saúde, que buscam estratégias eficazes para conter a disseminação dessas enfermidades. A atuação preventiva e a conscientização da população são fundamentais para reduzir o impacto das Arboviroses na saúde pública.
Arboviroses: Forma Permanente de Acompanhamento e Vigilância
Na mesma data, o último Informe Semanal do COE foi divulgado. A ênfase continua na mobilização para respostas coordenadas a essa emergência, ao mesmo tempo em que o planejamento para enfrentar e prevenir novas epidemias está em andamento. A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, reforça a importância da vigilância contínua por meio da Sala Nacional de Situação, juntamente com as ações permanentes conduzidas pelo Ministério da Saúde.
Nos próximos dias, está prevista a divulgação do Boletim Epidemiológico, que trará a evolução do cenário das doenças em 2024, o balanço das ações realizadas pelo COE e os próximos passos de trabalho da equipe da sala de situação. O Ministério da Saúde está empenhado na construção coletiva do Plano de Enfrentamento da Dengue e outras Arboviroses 2024/2025, baseado em vigilância em saúde, manejo clínico, organização dos serviços de saúde, controle vetorial, lacunas de conhecimento para financiamento de pesquisas, comunicação e mobilização social, com propostas de ações a serem implementadas em curto, médio e longo prazo.
Representantes de organismos internacionais, pesquisadores, gestores e sociedade civil estão participando ativamente da elaboração do plano, juntamente com a própria pasta. Os últimos anos têm sido marcados por registros significativos de mudanças climáticas, o que resultou em um aumento no número de casos suspeitos de dengue em cerca de 90 países.
Apesar dos desafios impostos pelas anomalias meteorológicas, pela extensão territorial e pelo contingente populacional elevado, o Brasil se encontra em uma situação desafiadora em termos absolutos. No entanto, estudos da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que, proporcionalmente, outros países tiveram aumentos mais expressivos do que o observado no Brasil em relação ao mesmo período de 2023, como o México, o Paraguai e a sub-região do Caribe.
Arboviroses: Ações de Enfrentamento e Investimentos
Em 2023, o Ministério da Saúde destinou R$ 256 milhões para reforçar a vigilância e a assistência nos estados e municípios. Em 2024, mais R$ 241 milhões foram alocados para 11 estados e 594 municípios que decretaram estado de emergência em saúde. Diversos recursos foram enviados, incluindo mais de 1,3 milhão de testes de sorologia, 905 mil testes de biologia molecular e 158 mil testes de biologia molecular para febre do oropouche.
Além disso, foram distribuídos 118 mil quilos de biolarvicidas, 10 mil quilos de adulticida para pontos estratégicos e 274 mil litros de adulticidas para fumacê aos estados e municípios. O Brasil se destacou como a primeira nação a disponibilizar vacina contra a dengue no sistema público de saúde, beneficiando 1920 municípios com vacinas para o público-alvo de 10 a 14 anos.
Para fortalecer a capacitação, mais de 30 capacitações online foram realizadas para Agentes de Combates de Endemias (ACEs) e profissionais de saúde, com mais de 50 mil acessos. Além disso, sete cursos a distância pela Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde Una-SUS foram oferecidos, com mais de 60 mil inscritos e 30 mil concluintes. Manuais técnicos foram atualizados em parceria com as secretarias estaduais e municipais de Saúde, reforçando a importância da cooperação e da ação conjunta na luta contra as arboviroses.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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