Sargento da Polícia acusa Gabriel Luís de Oliveira por nove mortes em baile funk em 2019; vídeo mostra ele fumando charuto e bebendo após confrontos letais.
RIO DE JANEIRO, RJ (AGÊNCIA BRASIL) – O cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro que confrontou um influenciador digital estrangeiro que celebra óbitos em confrontos com charuto e cerveja está entre os 10 policiais envolvidos na fatalidade de sete indivíduos em uma festa popular na Rocinha, em novembro de 2020. A declaração dada durante a entrevista divulgada pelo veículo de comunicação gerou um impacto significativo na corporação.
O PM que se pronunciou publicamente sobre o assunto enfatizou a importância do respeito à vida e à integridade dos cidadãos. A atitude do policial reflete o compromisso da Polícia Militar em garantir a segurança da população e em promover a justiça social. A postura exemplar do agente demonstra a seriedade e a responsabilidade que os policiais devem ter em suas ações diárias.
Polícia, Militar; em Ação na Favela de Paraisópolis
A reportagem buscou contato com a defesa de Oliveira, porém não obteve sucesso -ele mudou de advogado. O sargento Gabriel Luís de Oliveira desempenhava a função de condutor do primeiro veículo tático móvel a chegar à comunidade de Paraisópolis, em suporte à perseguição de duas motocicletas cujos ocupantes haviam disparado contra outros policiais, o que teria desencadeado o tumulto que resultou em nove óbitos e 12 feridos, a maioria deles feridos por pisoteamento. Segundo a versão oficial, os policiais foram alvos de ataques com garrafas e pedras por frequentadores do baile, o que teria motivado a resposta com armas menos letais (como bombas de efeito moral e balas de borracha). Os PMs precisaram pedir reforço para sair do local e conseguiram sair ilesos. Após o tumulto, os policiais avistaram os feridos em uma viela e foram prestar socorro. Na denúncia aceita pela Justiça, o Ministério Público alega que Oliveira teria descido do veículo ‘com o cassetete em mãos e passou a agredir quem tentava fugir do tumulto naquela esquina’. ‘Os acusados agiram com a intenção vil de causar tumulto, pânico e sofrimento, em uma demonstração abusiva de poder e arrogância contra a população presente em um evento cultural’, diz um trecho da denúncia do Ministério Público. Na época, Oliveira foi afastado das atividades de rua, assim como os demais policiais envolvidos no incidente, por ordem do então governador João Doria. O policial, que era cabo na ocasião, foi promovido a sargento e designado para a zona norte no ano passado. Nessa área, passou a integrar uma nova equipe da Força Tática, uma das entrevistadas pelo produtor de conteúdo Gen Kimura para abordar a rotina da corporação. O criador de conteúdo também acompanhou algumas operações em viaturas, conforme material divulgado recentemente em seu canal. Foi nesse contexto que o sargento mencionou, em inglês, que a morte de criminosos era celebrada com charutos e cerveja. Após a reação negativa, essa parte da entrevista foi removida do conteúdo disponível no canal. Embora já tenham ocorrido outras gravações semelhantes com autorização da cúpula da corporação, esse caso específico gerou uma crise devido às declarações de Oliveira, consideradas desastrosas, e também por supostas falhas nos procedimentos do setor de comunicação da PM. Um capitão vinculado à cúpula da corporação teria autorizado a gravação com o produtor de conteúdo, sem comunicar os superiores hierárquicos. Este oficial estava entre os PMs afastados em decorrência do incidente. Em comunicado, a SSP (Secretaria da Segurança Pública) declarou que o comando da PM ordenou a apuração de todas as ocorrências relacionadas ao policial e que as investigações serão conduzidas pela Corregedoria. ‘A Polícia Militar é uma instituição legalista e não tolera desvios de conduta de seus agentes. Caso seja comprovada qualquer irregularidade, os responsáveis serão responsabilizados conforme a lei’, acrescentou. A região da zona norte é liderada pelo coronel Cleotheos Sabino de Souza Filho, que era
Fonte: © Notícias ao Minuto
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