Dois políticos foram alvos de mandados de prisão preventiva autorizados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por suposta participação em organização criminosa na gestão municipal.
A Polícia Federal realizou uma operação inédita na sexta-feira, 20, com o objetivo de desvendar o envolvimento de uma organização criminosa nas eleições no Amapá. A ação contou com a autorização do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para a emissão de mandados de prisão preventiva contra dois políticos, além de pedidos de busca e apreensão em locais estratégicos.
A operação foi resultado de uma investigação minuciosa que revelou indícios de irregularidades nas eleições no estado. A missão da Polícia Federal é garantir a lisura do processo eleitoral e combater a influência de organizações criminosas na política. Com essa ação, a instituição reafirma seu compromisso em proteger a democracia e a transparência nas eleições. A segurança e a integridade do processo eleitoral são fundamentais para a estabilidade do país.
Operação ‘Herodes’ prende subsecretário municipal e candidato a vereador
A operação ‘Herodes’ realizada pela Justiça resultou na prisão de Jesaias Silva e Silva, conhecido como ‘Jeiza’, que ocupava o cargo de subsecretário municipal de zeladoria urbana na gestão do prefeito de Macapá, Dr. Furlan (MDB). Anteriormente, Jeiza havia trabalhado como produtor de eventos e como secretário de Cultura na cidade de Serra do Navio. A investigação suspeita que ele seja membro de uma organização criminosa.
A ação da Justiça também mirou Luanderson de Oliveira Alves, o ‘Caçula’, candidato a vereador na capital pelo PSD. Ele é suspeito de compra de votos, coação eleitoral, tráfico de drogas e organização criminosa. O mandado de prisão foi assinado pelo juiz eleitoral Diego Moura de Araújo.
Investigação e prisões em Macapá
A operação ‘Herodes’ é mais um capítulo na missão da Justiça de combater a corrupção e a criminalidade em Macapá. A investigação aponta que Jeiza, como membro de uma organização criminosa, pode ter utilizado seu cargo para favorecer a organização. A gestão municipal de Macapá afirmou que Jeiza foi exonerado do cargo de subsecretário e que não há nenhuma ligação entre as acusações e a atividade que ele exercia na gestão.
A Administração Municipal reforçou que preza pela lisura dos atos públicos e que a exoneração de Jeiza foi uma medida necessária para garantir a integridade da gestão. A operação ‘Herodes’ é um exemplo da ação da Justiça em combater a corrupção e a criminalidade em Macapá.
Contexto eleitoral em Macapá
A eleição em Macapá se encaminha para uma vitória folgada de Furlan, com 86% das intenções de voto, segundo pesquisa Quaest divulgada em 16 de setembro. As candidatas Aline (Republicanos) e Patrícia Ferraz (PSDB) vinham em seguida, com 4% das intenções de voto cada uma.
A operação ‘Herodes’ também destaca a presença de organizações criminosas no sistema prisional do Amapá. O levantamento do governo federal aponta que o Amapá é território de cinco facções: Família Terror do Amapá, Amigos para Sempre, União Criminosa do Amapá, Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC). Ao todo, 88 grupos estão presentes no sistema prisional do País, segundo levantamento do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Consequências da operação
A operação ‘Herodes’ é um exemplo da ação da Justiça em combater a corrupção e a criminalidade em Macapá. A prisão de Jeiza e a investigação sobre Luanderson de Oliveira Alves são medidas necessárias para garantir a integridade da gestão municipal e combater a influência de organizações criminosas na política local. A operação também destaca a importância da transparência e da responsabilidade na gestão pública.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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