Reformulações no programa beneficiam empresas de moradia com aumento de receita e lucros líquidos, devido a subsídios e oferta de crédito.
A partir de 2021, o programa Minha Casa, Minha Vida tem apresentado novas perspectivas para famílias de baixa renda que buscam a realização do sonho da casa própria. O MCMV, que já beneficiou milhares de brasileiros, continua sendo uma importante política de inclusão social e desenvolvimento urbano.
Com a recente expansão do programa Minha Casa, Minha Vida, mais regiões estão sendo contempladas com empreendimentos habitacionais de qualidade, contribuindo para a melhoria das condições de vida de milhares de famílias. O MCMV é uma iniciativa que visa promover o acesso à moradia digna para aqueles que mais precisam, garantindo assim um futuro mais seguro e estável para todos os brasileiros.
Expansão das Vendas no Programa Minha Casa, Minha Vida
As recentes alterações implementadas permitiram que as construtoras ampliassem suas vendas no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida para imóveis com valores mais elevados, o que resultou em um crescimento expressivo de receita, margem e lucro ao longo de 2023. Os dados divulgados revelam um panorama promissor para o setor imobiliário, com perspectivas favoráveis para os próximos trimestres.
A receita líquida das principais construtoras, como Cury, Direcional, MRV, Plano & Plano e Tenda, listadas na Bolsa, atingiu o patamar de R$ 4,7 bilhões no quarto trimestre de 2023, registrando um crescimento de 26% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Os lucros líquidos das empresas do setor também apresentaram uma notável ascensão, alcançando a marca de R$ 313 milhões no último trimestre de 2023, em contraste com os números praticamente nulos do ano anterior. O MCMV passou por reformulações visando impulsionar os lançamentos e as vendas.
Estímulo ao Setor Imobiliário
Desde meados de 2023, o Programa Minha Casa, Minha Vida tem observado um aumento significativo no subsídio concedido às famílias para a aquisição de imóveis, uma redução nas taxas de juros do financiamento para famílias de menor renda e uma ampliação do teto de preços dos imóveis elegíveis. Essas medidas têm impulsionado as vendas e permitiram às construtoras aumentar os preços dos imóveis, o que se reflete diretamente em seus resultados financeiros.
De acordo com analistas do setor, as empresas do ramo imobiliário experimentaram uma melhoria substancial em suas margens de lucro. A margem bruta cresceu, em média, de 28% para 32%, enquanto a margem de lucro líquido atingiu 7%, evidenciando a eficácia das mudanças implementadas no MCMV.
Gustavo Cambaúva, analista de construção civil do BTG Pactual, destaca que o subsídio maior do programa tem permitido que as empresas elevem os preços dos imóveis, o que se reflete positivamente em seus resultados financeiros. No entanto, o aumento expressivo nas vendas também trouxe desafios, como o risco de uma eventual escassez de recursos do FGTS para os financiamentos no segundo semestre.
Desafios e Perspectivas Futuras
Paralelamente, o setor da construção tem buscado o governo para reduzir os subsídios e a oferta de crédito para a compra de imóveis usados, a fim de direcionar os recursos para o financiamento de unidades novas. Apesar dos desafios, as perspectivas para o setor permanecem otimistas, com as mudanças no MCMV impulsionando as vendas e os preços dos imóveis.
As construtoras projetam uma continuidade no crescimento da receita nos próximos trimestres, refletindo o impacto positivo das alterações no programa. A expectativa é que os balanços continuem a refletir esse momento favorável do mercado imobiliário brasileiro ao longo de 2024 e 2025.
Fonte: @ Portal VGV
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