O Telegram, apesar de se vender como “paraíso da liberdade”, tornou-se refúgio de chats sobre conteúdos criminosos e de pornografia infantil.
Apesar de ainda se apresentar como uma plataforma de comunicação livre, o Telegram tem sido apontado como um dos principais redutos de conversas ilegais, de acordo com um artigo divulgado pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Recentemente, o aplicativo de mensagens tem sido alvo de críticas devido à sua suposta conivência com grupos que promovem atividades ilegais, o que tem gerado preocupações sobre a segurança dos usuários. A reputação do Telegram como um espaço de liberdade de expressão tem sido questionada diante das denúncias de uso indevido da plataforma.
Telegram: Aplicativo de Mensagens em Foco
O Telegram, conhecido por sua proposta de liberdade e privacidade, enfrentou uma ordem de bloqueio em um país devido à falta de moderação e cumprimento de ordens judiciais. A ausência de controle sobre os conteúdos na plataforma resultou em sua popularidade entre organizações criminosas, grupos terroristas, disseminadores de pornografia infantil e até mesmo para o uso de inteligência artificial na criação de deepfakes.
No Brasil, durante as eleições de 2022, o Telegram se tornou motivo de preocupação devido à falta de moderação e à ausência de representação da empresa no país, situação semelhante ao que ocorre com a rede de Elon Musk. O fundador do aplicativo, Pavel Durov, foi recentemente acusado na França por crimes relacionados a atividades ilícitas na plataforma, resultando em sua prisão temporária e restrição de saída do país.
A Justiça francesa apontou que a falta de gerenciamento adequado do Telegram facilitou transações ilegais, cumplicidade na distribuição de material de abuso sexual infantil, tráfico de drogas e fraude. Além disso, a empresa se recusou a cooperar com as autoridades, repetindo o comportamento observado no Brasil durante as eleições.
A pressão exercida pelas autoridades foi crucial para que o Telegram adotasse medidas de moderação. No Brasil, o bloqueio determinado pelo ministro Alexandre de Moraes foi necessário para que a empresa cooperasse com o Tribunal Superior Eleitoral. Na Alemanha, a ameaça de bloqueio levou o aplicativo a banir canais desinformativos e de discurso de ódio.
Os promotores franceses responsabilizam Durov pelo crescimento de conteúdo ilegal no Telegram, enfatizando a importância da moderação para evitar o fortalecimento de grupos criminosos. Enquanto as investigações estão em andamento, ele está impedido de deixar o país. No Brasil, a suspensão do bloqueio foi condicionada à moderação de grandes canais, suspensão da monetização de perfis envolvidos na disseminação de notícias falsas e medidas contra conteúdos criminosos.
Fonte: © Conjur
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