Medidas estão em andamento, como envio de equipes da Força Nacional do SUS para estados atingidos, visando saúde da população e prevenção de doenças respiratórias.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, reuniu especialistas da Universidade de Brasília (UnB) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para discutir os efeitos das queimadas na saúde da população brasileira e estabelecer estratégias de prevenção e combate. A reunião, realizada na terça-feira (17), teve como objetivo principal abordar as consequências das queimadas na saúde pública e definir ações para minimizar seus impactos.
Os especialistas destacaram a importância de investir em cuidados médicos e bem-estar para as comunidades afetadas pelas queimadas. Além disso, eles enfatizaram a necessidade de fortalecer a saúde pública no país, por meio de políticas e ações que promovam a prevenção e o controle de doenças relacionadas às queimadas. É fundamental que a população esteja ciente dos riscos e tome medidas para proteger sua saúde. A reunião foi um passo importante para o desenvolvimento de estratégias eficazes para enfrentar os desafios impostos pelas queimadas na saúde da população brasileira.
Proteção à Saúde em Áreas Atingidas por Incêndios Florestais
O encontro teve como objetivo reforçar medidas para proteger as comunidades mais afetadas, com atenção especial para aquelas em situação de maior vulnerabilidade, como trabalhadores ao ar livre, moradores de áreas rurais e indígenas, e pessoas em situação de rua. A saúde é um aspecto fundamental nesse contexto, e é essencial que sejam tomadas medidas para garantir o bem-estar dessas populações.
A ministra destacou a importância de compreender os impactos dos incêndios florestais na saúde da população e de fornecer recomendações eficazes para prevenir e tratar doenças relacionadas a esses eventos. Durante a reunião, foram debatidas estratégias imediatas de prevenção e tratamento das doenças relacionadas aos incêndios florestais, além de orientações gerais à população sobre os cuidados com a saúde.
Impactos dos Incêndios Florestais na Saúde Pública
A pesquisadora e professora Mercedes Bustamante defendeu que a saúde é central em toda a discussão sobre a crise climática. ‘Parabenizo o Ministério da Saúde pela iniciativa de chamar esta reunião. Os resultados de um estudo que fizemos em 2022 sugerem que os incêndios florestais se tornarão mais frequentes e intensos nas próximas décadas. Isso significa que o combate aos incêndios será cada vez mais complexo, uma realidade que já estamos vivenciando’, disse. Em concordância, Christovam Barcelos, pesquisador da Fiocruz, ressaltou que, em alguns casos, os focos de queimadas ocorrem em áreas já desmatadas.
A saúde pública é um dos principais desafios nesse contexto, pois os efeitos dos incêndios florestais podem chegar a cidades distantes e até mesmo às terras indígenas. A ocupação irregular, avanço da fronteira agrícola e desmatamento são fatores que contribuem para a sobrecarga do sistema de saúde, resultando em um aumento de doenças respiratórias e, em alguns casos, hospitalizações.
Medidas de Prevenção e Tratamento
A médica Margareth Dalcolmo falou sobre a importância da hidratação. ‘Manter essas pessoas hidratadas é crucial. Sabemos que houve um aumento no número de internações e demandas nas emergências por problemas respiratórios, isso reflete o agravamento da situação que estamos vivendo. Medidas simples para umidificar o ambiente ajudam, como o uso de bacias de água, toalhas molhadas e aparelhos de purificação do ar sem produtos químicos’, explicou.
A Força Nacional do SUS inicia Missão Seca Extrema, enviando equipes para os estados mais atingidos pela emergência climática. As visitas para análise de situação tiveram início por quatro municípios prioritários do Acre, que sofrem efeitos das queimadas e da seca extrema: Acrelândia, Marechal Thaumaturgo, Cruzeiro do Sul e Tarauacá. Além desses municípios, a comunidade de Espalha, em Rio Branco, também contará com a análise.
Fonte: @ Ministério da Saúde
Comentários sobre este artigo