Unidades móveis de controle de qualidade da água analisaram 1.000+ amostras na região, seguindo padrões de potabilidade e procedimentos de controle.
O Ministério da Saúde designou quatro unidades móveis para apoiar o Controle da Qualidade da Água no Rio Grande do Sul após as enchentes que afetaram o estado. A iniciativa, liderada pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), tem como objetivo coletar e avaliar amostras de água em quatro áreas de saúde da região gaúcha.
Essa ação visa garantir a potabilidade da água e manter o controle da qualidade da água dentro dos padrões de potabilidade estabelecidos, assegurando a saúde da população local. É fundamental manter a vigilância constante e ações preventivas para preservar a qualidade da água consumida pela comunidade.
Unidades móveis garantem controle da qualidade da água
Até o momento, foram disponibilizados aproximadamente 12 mil testes de reação de padrão da água. Na área de saúde Carbonífera/Costa Doce, onde se encontra o município de Barra do Ribeiro, a unidade itinerante já coletou 150 amostras de 15 cidades. Cada amostra passa por avaliação em sete critérios diferentes para certificar o índice de potabilidade da água. Assim, até agora, foram conduzidas 1.260 análises na região. Municípios das quatro áreas de saúde têm a possibilidade de enviar amostras de água tratada e não tratada, que são analisadas conforme os parâmetros estabelecidos na Portaria GM/MS nº 888/ 2021, que regula os procedimentos de controle e de monitoramento da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.
Sebastião Werneck, farmacêutico bioquímico da Funasa que trabalha na unidade de Barra do Ribeiro, relata que os veículos adaptados já atuaram em situações de emergência climática nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. As unidades estão equipadas com instrumentos usuais em laboratórios fixos e seguem o Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua). Os resultados das amostras são entregues em 24 horas e seguem sete parâmetros para garantir a qualidade da água para consumo humano, com foco em locais como abrigos, escolas e unidades de saúde, assegura Sebastião.
Ações para controle da qualidade da água no território
Desde o início das atividades na emergência em saúde pública, o Ministério da Saúde tem auxiliado municípios gaúchos na gestão dos resíduos sólidos gerados pelas intensas chuvas que afetaram a região. Arlindo Silva, engenheiro civil da Funasa que acompanha a missão no estado, destaca que a pasta tem acompanhado também a evolução de acordos voltados para a liberação de verbas com foco nesse gerenciamento e destinação. O engenheiro ressalta ainda a importância de promover melhorias sanitárias domiciliares com especial atenção para populações residentes na zona rural do estado, além de populações indígenas, quilombolas e ribeirinhas.
‘É crucial mapear as localidades que consomem água não tratada, com foco no saneamento em áreas rurais’, avalia. Unidades móveis de apoio ao controle da qualidade da água já analisaram mais de 1.200 amostras na região. Através da Força Nacional do SUS (FN-SUS) e da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), o ministério tem efetuado visitas em comunidades indígenas na região, prestando assistência em saúde, distribuindo purificadores de água e identificando as necessidades da população nativa afetada pelas inundações. A chefe da divisão de saúde ambiental da fundação e responsável pelas unidades móveis de monitoramento nas áreas de saúde, Roseane Cunha, reitera que já foi solicitada a distribuição de filtros de água com vela, além de reservatórios domiciliares de água, em colaboração com o trabalho de educação em saúde para indivíduos impactados do estado.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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