Grupo de Saúde Bueno anuncia avanço de R$ 1,5 bilhão para capital futuro, revelando não apenas alívio imediato, mas divulgação do balanço, injeção de recursos, pagamento de dívidas e desalavancagem.
Em decorrência de um diagnóstico que mesclou a crise do setor de saúde e investimentos que não geraram o retorno desejado, a família Bueno testemunhou, recentemente, a saúde financeira da Dasa se fragilizando progressivamente. A dívida em ascensão e a alavancagem elevada são alguns dos principais sinais que levaram a empresa a ser destacada no radar do mercado.
A família Bueno, como controladora da Dasa, está empenhada em reverter esse cenário desafiador. A implementação de estratégias ágeis e a busca por parcerias estratégicas são medidas que estão sendo consideradas para fortalecer a posição da empresa no mercado. A família Bueno está comprometida em garantir a sustentabilidade financeira da Dasa e em assegurar seu crescimento contínuo. divulgação da ata do Copom
Operação de injeção de recursos da família Bueno
E, buscando reverter essa situação desfavorável, a empresa adotou uma estratégia já utilizada em momentos anteriores de sua história. A Dasa optou por aproveitar a divulgação de seu balanço do primeiro trimestre para anunciar uma injeção de recursos de R$ 1,5 bilhão por parte da família Bueno, sua controladora, como um adiantamento para um futuro aumento de capital. De acordo com o comunicado relevante divulgado pelo grupo, o aumento de capital está programado para ocorrer em 31 de dezembro de 2024 ou antes dessa data, caso a empresa consiga efetivar qualquer transação que resulte na redução de sua dívida líquida em pelo menos R$ 2,5 bilhões.
Nesse contexto, o valor das ações ordinárias a serem emitidas no aumento de capital será determinado com base na média ponderada da cotação dos papéis nos pregões dos sessenta dias anteriores a essas duas possibilidades em questão. Essa movimentação representa uma clara demonstração de confiança por parte do sócio-controlador, com vasta experiência no setor de saúde, no projeto Dasa, como destacou Lício Cintra, CEO da empresa, durante uma teleconferência com analistas realizada na tarde de quinta-feira, 16 de maio, para discutir os resultados da companhia.
Cintra assumiu oficialmente o cargo de CEO da empresa em janeiro deste ano, juntamente com uma nova equipe de executivos de alto escalão do grupo, sucedendo a Pedro Bueno, que liderava a operação desde 2015. ‘Temos recebido muitas perguntas’, observou Cintra. ‘Isso reforça o compromisso da família Bueno em continuar apoiando a Dasa a longo prazo e representa um voto de confiança no time que está trabalhando para implementar e executar um plano de melhoria da empresa.’
Ao ressaltar que esse é apenas o primeiro passo no processo de desalavancagem do grupo, o executivo afirmou que, imediatamente, com a ‘injeção’ de R$ 1,5 bilhão, a empresa passa a contar com R$ 3,6 bilhões em caixa, considerando os R$ 2,1 bilhões com os quais encerrou o primeiro trimestre. ‘É um valor consideravelmente superior às nossas necessidades de pagamento de dívidas em 2024 e 2025’, afirmou Cintra. ‘Isso nos proporciona mais estabilidade para negociar com as fontes pagadoras e nos dá maior tranquilidade para discutir as alternativas de desalavancagem que serão implementadas em seguida.’
Repercussão no mercado financeiro
Entretanto, a reação do mercado à divulgação da injeção de capital associada à apresentação do balanço não foi positiva. As ações da Dasa registraram uma queda de 4,87% por volta das 15h30 na B3, sendo negociadas a R$ 3,32, o que resultou em uma avaliação de mercado da empresa em R$ 2,4 bilhões. No acumulado do ano, os papéis apresentam uma desvalorização de 65,4%. ‘Minha expectativa era de que as ações subissem, mas o mercado parece estar mais preocupado com o curto prazo e com o resultado, que foi bastante desfavorável’, comentou um gestor com posição vendida no papel, ao NeoFeed.
Ele ressaltou, no entanto, que o anúncio feito juntamente com a divulgação do balanço é, inicialmente, um sinal positivo. ‘A empresa está altamente endividada e a família mostra que não permitirá a falência. A simples presença de um salva-vidas já traz alívio. O mercado acreditava que a Dasa nem sequer tinha um salva-vidas’, afirmou. Com a entrada de R$ 1,5 bilhão em seu caixa, a Dasa encontra-se em uma
Fonte: @ NEO FEED
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