Motivação do crime: pais confiscaram celular. Infrator disparou com a pistola do guarda municipal na casa da família num domingo à noite.
Na madrugada de sábado, 18, um adolescente de 17 anos ligou para a polícia informando que havia encontrado sua família morta dentro da residência onde moravam, situada na Vila Jaguara, região oeste de São Paulo. O adolescente afirmou que estava chocado com a terrível descoberta e não sabia o que fazer.
Horas depois, um rapaz que passava pela rua ouviu os gritos de desespero do adolescente e correu para ajudar. O garoto estava inconsolável e o rapaz tentou acalmá-lo, enquanto acionava novamente as autoridades para relatar a trágica situação. A comunidade local ficou consternada com a notícia e se uniu para oferecer apoio ao adolescente em meio a tamanha dor.
Adolescente planeja e executa crime contra a família
Segundo o boletim de ocorrência registrado pela polícia, o adolescente afirmou ter problemas com os pais e já havia planejado matá-los anteriormente. O rapaz pegou a arma do pai, um guarda civil municipal, que estava escondida, e testou um disparo no colchão dos pais na sexta-feira passada. Na noite de domingo, o próprio adolescente ligou à polícia relatando o ocorrido.
Na sexta-feira, o jovem esperou o pai retornar da escola em que a irmã estudava e, por volta das 13 horas, na cozinha da casa, efetuou um disparo com a pistola 9 milímetros na nuca do pai, enquanto ele estava de costa. A irmã do infrator ouviu o barulho do disparo e perguntou do que se tratava. Então, o adolescente efetuou outro disparo, atingindo o rosto da garota. Ele alegou ‘ter que matá-la’, pois ela estava no local do crime.
No mesmo dia, por volta das 19 horas, a mãe do adolescente chegou à residência. Ele a recepcionou, abrindo o portão da garagem para que a mesma entrasse, a acompanhando até a cozinha, e então efetuou um disparo com a pistola, que ele havia guardado no sofá, matando a mulher de 50 anos. No dia seguinte, ele afirmou ter pego uma faca na cozinha e desferido um golpe nas costas da mãe, pois ainda estava com raiva dela.
Durante os três dias em que ficou em casa com os corpos, o adolescente conta que foi à academia e à padaria. Quando a polícia chegou à casa, encontrou a arma utilizada para os homicídios sob a mesa da sala, com ferrolho aberto, devidamente municiada e com um cartucho íntegro. No piso superior, no chão, havia o corpo da irmã e uma cápsula deflagrada de arma de fogo.
Em depoimento, o jovem afirmou não se arrepender dos homicídios e que ‘se pudesse, faria novamente’. Não há registros de violências anteriores praticadas pelo rapaz, mas a investigação irá apurar seu comportamento em seus ambientes de convivência. O adolescente não relatou ter sido influenciado por terceiros.
O adolescente foi apreendido e levado à Fundação Casa. Caso não haja familiares dispostos a contratar uma defesa para o infrator, ele será representado pela Defensoria Pública em um julgamento perante a Vara da Infância e Juventude. Sendo menor de idade, o garoto deve ser acusado por ato infracional análogo ao crime.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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