Meninos habilidosos produzem bolas recicláveis para venda no campo de refugiados Dzaleka, no Malawi.
Em um beco de terra batida, retalhos de tecido e plástico são cuidadosamente costurados em uma bola por mãos ágeis. Um barbante delicado é utilizado para finalizar o trabalho, e uma agulha improvisada é usada para inflar a bola. Assim que o brinquedo está pronto, os pequenos artesãos, responsáveis pela confecção, logo começam a jogá-la pelas vielas do campo de refugiados Dzaleka, no Malawi, na África.
No segundo parágrafo, a esfera colorida chama a atenção das crianças que correm animadas para participar do jogo. A alegria estampada em seus rostos revela a importância da simples bola naquele ambiente desafiador, proporcionando momentos de diversão e descontração em meio às dificuldades do dia a dia.
Bola: O Objeto de Diversão e Sonhos
A criatividade dos garotos é evidenciada pela dedicação na confecção de cada esfera de futebol. O capricho no acabamento revela o valor que atribuem a esse objeto tão simbólico em suas mãos habilidosas. A bola, mais do que uma simples esfera, torna-se um instrumento de esperança e realização de sonhos na viela de terra do campo de refugiados Dzaleka.
As pequenas mãos improvisadas moldam o cordão fino que dá forma à bola, transformando-a em algo muito mais do que um simples brinquedo. A produção das bolas, incentivada por uma fotógrafa do Rio de Janeiro, ganhou um novo propósito: gerar renda e melhorar a realidade dessas crianças.
Míriam Ramalho, voluntária da Fraternidade Sem Fronteiras, testemunhou o talento dos garotos e encomendou duas bolas como forma de reconhecimento. A seringa de criatividade injetada por ela fez com que os garotos vissem além, enxergando a possibilidade de empreender na produção das bolas.
A valorização do trabalho das mãos habilidosas dos garotos foi evidenciada quando Míriam pagou duas mil kwachas pelas bolas, elogiando o acabamento e reconhecendo o esforço. O valor simbólico das bolas foi além do aspecto financeiro, refletindo a importância de incentivar o potencial criativo dessas crianças.
A ideia de transformar as bolas em fonte de renda ganhou força entre os voluntários, que se uniram para apoiar os garotos nesse empreendimento. A campanha organizada para arrecadar recursos e melhorar a qualidade das bolas mostra a vontade de transformar sonhos em realidade.
A viela de terra do campo de refugiados Dzaleka viu nascer não apenas bolas de futebol, mas também a esperança de um futuro melhor para essas crianças. O esporte, inserido no dia a dia do local, tornou-se uma ferramenta de integração e superação. A bola, símbolo de diversão e sonhos, agora carrega consigo a promessa de um futuro mais brilhante.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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