O CNJ revogou o afastamento cautelar dos desembargadores Carlos Eduardo Thompson Flores e Loraci Flores de Lira, em procedimento disciplinar.
O Conselho Nacional de Justiça decidiu revogar o afastamento cautelar dos desembargadores Carlos Eduardo Thompson Flores e Loraci Flores de Lira, ambos do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Os dois são alvos de procedimento administrativo disciplinar por irregularidades cometidas na famosa lava-jato, e estavam afastados desde o mês de abril.
A operação de lava-jato trouxe à tona diversas investigações e desdobramentos no cenário político e jurídico do Brasil, impactando figuras importantes como os desembargadores mencionados. A revogação do afastamento representa um novo capítulo nessa complexa trama de investigações, evidenciando a constante movimentação e desdobramentos da lava-jato.
Decisão unânime do CNJ permite retorno de desembargadores da ‘lava-jato’ ao TRF-4
Os conselheiros do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) deliberaram sobre a situação dos desembargadores da ‘lava-jato’ afastados do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Em meio ao ‘regime de contingência’ causado pelo desastre climático no Rio Grande do Sul, a reintegração dos magistrados foi considerada necessária. O relator do caso, conselheiro Luiz Fernando Bandeira de Mello, enfatizou que o retorno dos desembargadores é de interesse público.
A ausência de dois desembargadores da mesma turma criminal poderia acarretar prejuízos significativos às atividades judicantes da região. Bandeira de Mello ressaltou que a normalidade das atividades do Poder Judiciário depende do esforço conjunto de todos os membros, servidores e colaboradores do TRF-4. A preocupação com a possibilidade de reincidência em faltas funcionais ou interferência em investigações foi destacada durante a votação.
Reclamação no CNJ envolve Thompson Flores e Flores de Lima em decisão de afastamento
Uma reclamação apresentada ao CNJ contra Thompson Flores e Flores de Lima aborda a decisão de afastar o juiz Eduardo Appio da 13ª Vara Federal de Curitiba. A medida teria impactado processos suspensos por determinação do Ministro Ricardo Lewandowski, baseando-se em provas consideradas inválidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
As provas obtidas através dos sistemas eletrônicos da Odebrecht, posteriormente anuladas por Lewandowski, levantaram questionamentos sobre a conduta dos procuradores da ‘lava-jato’. A suspeição de Appio resultou na anulação de diversas decisões proferidas por ele, incluindo casos envolvendo o advogado Tacla Duran e o suposto operador Raul Schmidt Felippe Júnior.
Fonte: © Conjur
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