Ministro Barroso, do STF, busca aumentar eficiência com incorporação da tecnologia na pesquisa de jurisprudência e na gestão de processos.
Via @estadao | O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), mencionou neste domingo, 23, a importância da inteligência artional no auxílio às atividades do Poder Judiciário, inclusive na tomada de decisão. ‘Eu vejo, sem muito preconceito, essa ascensão da inteligência artificial também no processo decisório, desde que exista um juiz humano responsável’, afirmou em palestra na Universidade de Oxford, no Reino Unido. A integração da inteligência artional tem o potencial de aprimorar a eficiência e a precisão das decisões judiciais, mantendo sempre a supervisão humana necessária.
Barroso ressaltou a necessidade de uma abordagem cautelosa na implementação da IA no sistema judiciário, destacando a importância de garantir que a tecnologia inteligente seja utilizada de forma ética e responsável. A incorporação da IA, quando feita de maneira adequada, pode trazer benefícios significativos para a agilidade e a qualidade das decisões judiciais, fortalecendo assim a confiança na justiça. A interação entre a inteligência artional e os profissionais do Direito é fundamental para o avanço e a modernização do setor jurídico.
Barroso e a Revolução da Inteligência Artificial no Judiciário
Barroso acredita firmemente que a inteligência artificial (IA) pode revolucionar o processo decisório, incorporando tecnologia inteligente para diminuir a fila de processos e aumentar a eficiência e a isonomia no Judiciário. Ele enxerga a IA como uma ferramenta versátil, capaz de impactar positivamente diversas áreas, desde que haja uma regulamentação adequada. No entanto, o ministro ressalta a importância da supervisão humana nesse estágio inicial de implementação.
O Supremo Tribunal Federal já adota softwares para organizar processos por temas, resultado da gestão de Barroso, que inclusive lançou um edital para empresas de tecnologia apresentarem protótipos de programas que simplifiquem a análise de ações judiciais. Além disso, há um interesse crescente em ferramentas que facilitem a pesquisa de jurisprudência e precedentes, demonstrando a busca por uma maior eficiência no sistema judiciário.
Em suas palavras, Barroso descreve a inteligência artificial como uma aliada, não autônoma, que pode trazer benefícios como celeridade, eficiência e isonomia. No entanto, ele alerta para os riscos associados à IA, como a propagação de preconceitos, violações de privacidade e, sobretudo, a disseminação de desinformação em larga escala. O ministro expressa preocupação com o potencial uso da IA em contextos bélicos e destaca a ameaça representada pelas fake news e deep fakes.
Recentemente, durante sua participação no Brazil Forum UK, Barroso defendeu a necessidade de regulamentação das plataformas digitais, destacando os impactos negativos do ódio, desinformação e sensacionalismo na sociedade. Ele ressaltou a importância de combater a disseminação de conteúdo prejudicial, que muitas vezes é impulsionado pelo modelo de negócio das plataformas, baseado no engajamento a qualquer custo.
Nesse cenário de transformações impulsionadas pela tecnologia, Barroso reforça seu compromisso com a busca pela verdade e pela justiça, enfatizando a importância de um equilíbrio entre inovação e responsabilidade. A inteligência artificial, quando utilizada de forma ética e transparente, pode ser uma aliada valiosa para aprimorar o sistema judiciário e fortalecer os valores democráticos que regem nossa sociedade.
Fonte: © Direto News
Comentários sobre este artigo