16,8 milhões de brasileiros sofrem de doença crônica com relação aos níveis de açúcar devido a fatores genéticos, biológicos e ambientais.
Originária de uma combinação de elementos, a diabetes é uma síndrome metabólica que se destaca pela presença constante de hiperglicemia, ou seja, o aumento crônico da glicose no sangue, sendo decorrente de influências genéticas, biológicas e ambientais. A pesquisa conduzida pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico revelou que cerca de 10,2% da população brasileira é afetada pela diabetes.
A doença da glicose é uma condição metabólica que demanda cuidados contínuos para controle adequado dos níveis de açúcar no sangue. É fundamental adotar hábitos saudáveis como alimentação equilibrada e prática regular de exercícios físicos para gerenciar a diabetes de forma eficaz. Manter-se informado sobre os sintomas e tratamentos disponíveis é essencial para lidar com essa condição metabólica de maneira proativa e saudável.
Mitos e Verdades sobre Diabetes: Desvendando os Mitos e Realidades
O Brasil mantém-se na quinta posição global em prevalência da diabetes, com cerca de 16,8 milhões de adultos diagnosticados (idades entre 20 e 79 anos). Essa condição metabólica coloca o país atrás somente de China, Índia, Estados Unidos e Paquistão, revelando a magnitude do desafio enfrentado. A endocrinologista Marcela Rassi, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, desmistifica alguns aspectos relacionados à doença da glicose.
Muito se associa o surgimento do diabetes ao consumo excessivo de açúcar, porém, a verdade é mais ampla. Embora a alimentação inadequada represente um fator de risco relevante, a diabetes é uma condição multifacetada, influenciada por variáveis como fatores genéticos, biológicos, estilo de vida e histórico médico pessoal. Marcela ressalta que o consumo exacerbado de açúcar pode, de fato, contribuir para o desenvolvimento da diabetes tipo 2, especialmente quando combinado com obesidade e sedentarismo.
Outro mito frequente é a associação exclusiva da diabetes a pacientes com sobrepeso ou obesidade. A diabetes tipo 2 guarda forte relação com o excesso de peso, mas indivíduos dentro da faixa considerada normal também correm risco. fatores genéticos e estilo de vida exercem papel determinante nesse cenário, conforme aponta a especialista.
No que tange à prevenção do diabetes tipo 2, alterações no estilo de vida desempenham papel fundamental. A mudança de hábitos, sobretudo aqueles relacionados à alimentação e à prática regular de atividades físicas, aliada à manutenção do peso ideal, são medidas eficazes nesse contexto, conforme salienta Marcela.
Contrariando a crença de que a diabetes é uma enfermidade exclusiva da terceira idade, a ocorrência tem se expandido para faixas etárias mais jovens devido aos hábitos contemporâneos. A diabetes tipo 2, em especial, tem sido diagnosticada em crianças e adolescentes, enquanto a diabetes tipo 1 é cada vez mais comum entre os mais jovens, exemplificando a complexidade e a abrangência da condição.
A relação entre diabetes e saúde bucal é uma realidade. Pacientes diabéticos requerem atenção redobrada à saúde bucal, visto que estão mais suscetíveis ao desenvolvimento de problemas periodontais, como gengivite e periodontite, colocando em destaque a importância da integração entre o cuidado com a saúde sistêmica e bucal.
Por fim, o boato de que pessoas com diabetes não podem consumir carboidratos é infundado. A inclusão de carboidratos em uma dieta equilibrada é não apenas viável, mas também necessária. Optar por fontes saudáveis de carboidratos, como grãos integrais, frutas e legumes, é essencial para manter a energia corporal e promover a saúde, mesmo para aqueles diagnosticados com diabetes.
Fonte: © CNN Brasil
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