Carla Zambelli negou acusações de ter atuado como mandante da invasão do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça em 2023 e de ter solicitado o hackeamento a Walter Delgatti, em depoimento ao Supremo.
A deputada Carla Zambelli (PL-SP) negou, na última segunda-feira (7), as acusações de ter sido a mentora intelectual da invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023, e de ter solicitado o acesso não autorizado a Walter Delgatti.
Segundo as investigações, a deputada teria ordenado o ataque ao sistema do CNJ, o que ela nega veementemente. A invasão ao sistema eletrônico do CNJ é considerada um dos casos mais graves de hackeamento nos últimos anos, e as autoridades estão trabalhando para descobrir os responsáveis. A segurança cibernética é fundamental para proteger os sistemas críticos do país.
A Invasão ao Sistema Eletrônico do CNJ
A deputada Carla Zambelli prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) em uma ação penal que a acusa, juntamente com o hacker Walter Delgatti, de realizar uma invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A parlamentar é acusada de ser a autora intelectual da invasão, que teve como objetivo emitir um mandado falso de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.
A Primeira Turma do Supremo aceitou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) em maio deste ano, tornando Carla Zambelli e Delgatti réus. O hacker é réu confesso e reafirmou as acusações contra a deputada durante seu depoimento. Segundo Delgatti, a invasão foi solicitada por Carla Zambelli, que teria pedido que ele realizasse o ataque ao sistema do CNJ.
O Ataque ao Sistema do CNJ
Durante seu depoimento, Carla Zambelli negou as acusações e afirmou que não sabia como o mandado falso havia sido encontrado em seu celular. ‘Não me lembro de ter recebido o mandado. Imagino que deve ser uma invasão do meu celular’, disse. No entanto, o hacker Delgatti reafirmou que a invasão foi solicitada por ela e que ele havia realizado o ataque ao sistema do CNJ.
Além disso, Delgatti também reafirmou que teve um encontro no Palácio da Alvorada com o ex-presidente Jair Bolsonaro, que teria pedido que ele assumisse a autoria de um suposto grampo realizado no aparelho celular do ministro Alexandre de Moraes. Pela citação do nome de Bolsonaro no caso, Delgatti foi processado pelo ex-presidente e condenado a dez meses de prisão por crime de injúria.
O Hackeamento e o Acesso não Autorizado
O hacker Walter Delgatti é conhecido como ‘hacker de Araraquara’ e já foi condenado em primeira instância no âmbito da Operação Spoofing, que investigou a invasão aos celulares de autoridades, incluindo ao de procuradores e juízes da Lava Jato. A invasão ao sistema do CNJ é apenas mais um exemplo do seu histórico de hackeamento e acesso não autorizado a sistemas e dispositivos.
A ação penal contra Carla Zambelli e Walter Delgatti está em andamento e pode resultar em sérias consequências para os réus. A invasão ao sistema do CNJ é um crime grave que pode ter consequências sérias para a segurança e a integridade do sistema judiciário.
Fonte: © TNH1
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