A XP expandiu seu projeto-piloto com Davos nos EUA para ajudar assessorias de investimentos a avançar no exterior, com estrutura de broker dealer e modelo comission based.
A XP está expandindo sua atuação no mercado internacional, seguindo o mesmo sucesso que conquistou no Brasil. A corretora está testando um novo modelo através da XP US, escolhendo a Davos como o escritório piloto desse movimento. Com a expectativa de sucesso desse projeto, mais escritórios devem se juntar a essa estrutura.
A atuação da XP no mercado internacional através da XP US demonstra a visão de expansão da corretora. Com a parceria estratégica com escritórios como Davos, a empresa busca fortalecer sua presença global, oferecendo mais oportunidades de investimento aos clientes. A corretora está comprometida em inovar e crescer, explorando novos horizontes e diversificando sua atuação.
A XP e sua expansão nos EUA
Segundo informações obtidas pelo NeoFeed com fontes bem informadas, a XP está apresentando aos escritórios de sua rede nos Estados Unidos a possibilidade de operar em uma estrutura mais avançada do que a de finder. Essa iniciativa visa atender a um grupo seleto de parceiros que buscam maior desenvolvimento. Atualmente, a XP não fez nenhum comentário oficial a respeito desse assunto.
Expandir nesse modelo de finder é uma alternativa à criação de um Register Independent Advisor (RIA), estratégia adotada recentemente pela EQI Corretora e que está sendo seguida pela Blue3, SVN e outras empresas do ramo. Na abordagem de finder, o escritório é remunerado apenas pela abertura de cadastro ou por parte das receitas geradas pelas transações realizadas.
A parceria com a Davos Financial Partnership
Um exemplo disso é a Avenue, que cresceu inicialmente no modelo de finder e agora está avançando para a modalidade de RIA. A XP tem um projeto que reage ao crescimento das plataformas offshore, com o objetivo de competir nesse mercado em expansão.
A Davos Financial Partnership, fundada em 2018 por ex-colaboradores do Citibank, com aproximadamente R$ 5 bilhões sob gestão, sempre teve uma expertise no mercado offshore. Inicialmente, a Davos operava em parceria com a equipe de bankers da XP US, por não possuir licença para atuar nos Estados Unidos. Há um ano, a XP propôs à Davos a opção de se integrar à sua estrutura de broker dealer nos EUA e operar de forma independente.
A atuação nos Estados Unidos
Através da estrutura de broker dealer da XP, a Davos consegue assessorar seus clientes e escolher entre ser remunerada com base em comissões ou taxas. Esse modelo é semelhante ao que as marcas já aplicam em parceria com a XP no Brasil.
Kátia Alecrim, sócia-fundadora da Davos Investimentos, ressalta que a XP patrocina a licença dos sócios da Davos em Miami para operar nos EUA. A XP Investments US registrou Claudia Ripper e Adriano Gomes no BrokerCheck, plataforma da Financial Industry Regulatory Authority (Finra) que exibe o histórico desses profissionais.
Os desafios e oportunidades do mercado
A Davos acredita ter potencial para ampliar sua custódia offshore de 15% para 25%, devido ao aumento de clientes que investem no exterior e à oportunidade de atrair investidores de grandes bancos internacionais. Para atender a essa demanda crescente por investimentos internacionais, a Davos investiu em um time em Miami para alocar seu portfólio e atender clientes na região.
Thiago Nunes, sócio-fundador da Davos, destaca a importância de atender clientes com montantes menores nos bancos, já que muitos bancos não oferecem serviços adequados para clientes com menos de US$ 5 milhões. Essa lacuna no mercado representa uma oportunidade significativa para a Davos.
Modelos de assessoria e estratégias offshore
Atualmente, a maioria das assessorias opera no modelo de finder para atender clientes, já que é uma abordagem mais simples em termos regulatórios e de custos. Com o crescimento dos investimentos no exterior, é natural que as empresas busquem estruturas próprias para captar mais receitas.
Além do modelo de finder, as assessorias têm a opção de se integrar a um broker dealer através do modelo 1099, como proposto pela XP, ou estabelecer um RIA. Várias empresas estão avaliando qual abordagem é mais adequada para o seu caso específico.
Fonte: @ NEO FEED
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