Decisão da DPC irlandesa: é um compromisso permanente com a proteção de dados, segundo a associação sedeada na Europa.
Recentemente, a plataforma X decidiu suspender o uso de dados pessoais de indivíduos europeus para aprimorar suas tecnologias de IA, conforme informado pela comissão irlandesa de proteção de dados pessoais (DPC) nesta última quarta-feira (4). Essa ação foi tomada após a empresa ter interrompido essa prática no continente no mês de agosto.
A medida de proteção das informações pessoais dos usuários foi elogiada por especialistas em privacidade digital, que veem com bons olhos a atenção cada vez maior dada à segurança e privacidade dos dados pessoais na era tecnológica. Adotar essas práticas responsáveis é essencial para garantir a confiança dos usuários e promover um ambiente digital mais seguro para todos os envolvidos.
A entidade e o compromisso permanente
A entidade, que atua em nome da União Europeia, comunicou a desistência dos procedimentos judiciais em conformidade com o ‘acordo do X para continuar respeitando os termos’ deste compromisso estabelecido em agosto. ‘Agora, isso representa um compromisso permanente’, afirmou Graham Doyle à AFP, chefe de comunicação da comissão. Segundo a DPC, a rede social de Elon Musk utilizou informações pessoais de seus usuários europeus no período de 7 de maio a 1 de agosto, um uso considerado ‘ilegal’ e denunciado em oito países europeus, conforme a contagem da associação austríaca Noyb. O propósito era empregar os dados para treinar a inteligência artificial denominada Grok.
Autoridade irlandesa de proteção de dados
A autoridade irlandesa de proteção de dados pode agir em nome da União Europeia devido à localização da sede europeia do X na Irlanda, que também abriga muitos dos gigantes da tecnologia do Vale do Silício. Na última sexta-feira (30), no Brasil, a Justiça revogou uma decisão que impedia o uso de dados de usuários da Meta. A Meta planeja notificar os usuários do Facebook e Instagram no Brasil. Especialistas consideram a medida do governo brasileiro de permitir o uso de dados nacionais para treinar a inteligência artificial da Meta como um ‘primeiro passo’. O Idec afirma que as exigências da ANPD para autorizar a Meta a utilizar dados de brasileiros na IA são insuficientes.
Fonte: © G1 – Tecnologia
Comentários sobre este artigo