Segundo o CEO da companhia aérea, Voa Brasil busca oferecer passagens aéreas mais acessíveis, incrementar o turismo e discutir soluções para baratear os preços.
O Voa Brasil é uma iniciativa do governo federal com o intuito de impulsionar o turismo nacional, contribuindo para o desenvolvimento econômico do país. A proposta visa incentivar o mercado aéreo brasileiro, tornando as viagens mais acessíveis para os cidadãos.
Para que o Programa do governo federal Voa Brasil atinja seus objetivos, é fundamental uma análise detalhada sobre as questões que impactam o preço das passagens aéreas. É necessário buscar soluções que possam tornar os voos mais econômicos e atrativos para os passageiros, garantindo assim o sucesso da iniciativa.
Voa Brasil: Enfrentando os Desafios do Setor Aéreo
‘Vejo o Voa Brasil com bons olhos, mas queremos endereçar os problemas do setor, que fazem o mercado brasileiro não crescer’, declarou o executivo que, neste dia 28 de março, concedeu uma entrevista coletiva para discutir os resultados do último trimestre de 2023.
‘O Brasil cresce menos que o Chile, por exemplo.’ Anunciado no ano passado, e com lançamento adiado por diversas vezes, o programa governamental Voa Brasil visa oferecer passagens aéreas de até R$ 200 para alunos cadastrados no Prouni e aposentados.
Para Alex Malfitani, CFO da Azul, o programa pode trazer benefícios ao público e à indústria, desde que as passagens emitidas sejam para voos em horários e dias com menor demanda, demandando do público mais flexibilidade. ‘Estamos buscando maneiras inteligentes de garantir receita’, ressaltou.
Discussão sobre o Crescimento do Turismo com o Voa Brasil
Contudo, ele ressaltou que uma solução a longo prazo para os preços das passagens aéreas no Brasil está intrinsecamente relacionada a questões como tributação e preço dos combustíveis. ‘O Brasil tem a querosene mais cara do mundo. Se fosse o país mais rico do mundo, faria sentido, mas como um país emergente vai crescer o mercado se tem a querosene mais cara do mundo?’, questionou.
Outra medida do governo federal destinada ao setor aéreo, a linha de crédito de até R$ 8 bilhões para ajudar as companhias após os impactos da pandemia, também foi mencionada por Rodgerson. O CEO da Azul afirmou que ele e outros executivos estarão em Brasília na próxima semana para negociar o assunto com o Ministério da Fazenda.
Rodgerson enfatizou que as negociações são promissoras, mas ele espera que também sejam adotadas medidas de longo prazo para o setor. No que diz respeito à Azul, Rodgerson destacou que, após os efeitos da pandemia e os ajustes realizados para aumentar a eficiência da companhia, o foco agora é no crescimento, em um cenário otimista do mercado.
‘A demanda deve crescer, porque o Brasil está crescendo de novo’, afirmou. Nesse cenário, a Azul planeja fortalecer os hubs de Belém, Cofins e Recife, além de planejar a expansão das operações. ‘Atendemos mais de 160 cidades e temos a intenção de abrir para mais dez cidades este ano’, revelou ele, acrescentando que a companhia tem entre 11 e 13 aeronaves que devem ser recebidas até o final do ano.
Voa Brasil e o Mercado Aéreo Brasileiro
Em relação à especulação sobre a compra da Gol, que está em recuperação judicial, os executivos optaram por não comentar. A Azul encerrou o quarto trimestre com um lucro líquido de R$ 403,3 milhões, um aumento de 74,5% em relação ao mesmo período de 2023. O balanço ainda não foi auditado e os auditores independentes não concluíram seu trabalho.
A receita líquida cresceu 13%, para R$ 5 bilhões, enquanto o Ebitda avançou 33,7%, para R$ 1,4 bilhão. No ano, a Azul registrou um prejuízo líquido de R$ 700,3 milhões, uma melhora de 49,2% em relação a 2022. A receita subiu 17,2%, para R$ 18,7 bilhões, e o Ebitda cresceu 61,4%, para R$ 5,2 bilhões.
A empresa fechou o trimestre com liquidez total de R$ 6,1 bilhões, um aumento de 3,2% em relação ao ano anterior, enquanto a dívida líquida aumentou 5,1%, para R$ 19,3 bilhões, na mesma base de comparação. A alavancagem financeira diminuiu de 5,7 vezes para 3,7 vezes. Por volta das 15h20, as ações preferenciais da Azul estavam em queda de 6,87%, a R$ 13,15.
No ano, a queda é de 10,4%, levando o valor de mercado da empresa a R$ 4,87 bilhões. Relacionados Gol e Azul saem da posição neutra. A indicação é do BTG Risco de recuperação judicial traz turbulência para ação da Gol Azul voa mais leve após reestruturar dívidas de aeronaves
Fonte: @ NEO FEED
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