Levantamento do G1: Aumento de 47% em ações trabalhistas, tribunais regionais juntos na solicitação de ações contra discriminação discrepante.
Através do @portalg1 | Uma pesquisa realizada pelo g1 revelou crescimento de 47% nos processos judiciais no interior paulista ligados a demissões por assédio de qualquer natureza.
Este aumento preocupante reflete um cenário alarmante de discriminação sexual e assédio no ambiente de trabalho, evidenciando a urgência de ações preventivas e de conscientização sobre o tema. É essencial combater o assédio de forma enérgica e promover ambientes laborais seguros para todos os trabalhadores.
Assédio no Trabalho: Casos de Discriminação e Ações Judiciais
Entre os casos que envolvem o termo principal ‘assédio’, destacam-se o relato de quatro mulheres que foram vítimas de assédio sexual em um clube localizado em Campinas (SP). O cenário é marcado pela denúncia do crime, porém, o empregador se omitiu diante das providências esperadas e ainda optou por demitir as funcionárias envolvidas.
Johanna Paola Perdomo Vitale teve a coragem de detalhar o tipo de assédio sofrido pelo grupo, descrevendo as ‘brincadeiras de cunho sexual’ que as mulheres enfrentaram. Apesar das dificuldades, as vítimas conquistaram uma vitória na primeira instância do tribunal regional.
A questão do ‘assédio’ é algo que não pode ser silenciado, como pontuou Johanna: ‘Vamos ter voz, vamos falar, vamos denunciar, e vamos fazer o que for preciso para não sofrer simplesmente pelo fato de ser mulher’. Ela ressaltou a importância de abrir o processo não só em busca de justiça individual, mas também para defender todas as outras mulheres que não têm a mesma voz.
As mulheres envolvidas nesse contexto enfrentaram situações de ‘convites inadequados e conversas de cunho sexual’, e por terem exposto tais condutas, acabaram sendo demitidas injustamente. O caminho foi longo, envolvendo a solicitação de uma sindicância interna e a intervenção de um advogado para conseguirem fazer valer seus direitos.
Cássio Ávila Ribeiro Jr., advogado que acompanhou o caso, ressalta que é fundamental que as pessoas saibam que os tribunais estão preparados para acolher processos dessa natureza. É essencial superar o medo e buscar justiça, mesmo diante das adversidades.
A dura realidade é que anos de ‘assédio’ afetaram profundamente as vítimas, como relatou uma das funcionárias demitidas: ‘Foram sete anos sofrendo violência, indo ao psiquiatra, tomando medicações pesadas, sem que o clube tomasse qualquer providência’. O cenário de negligência e falta de apoio por parte do empregador agravou ainda mais o sofrimento das mulheres.
Aumento das Ações Judiciais
No âmbito das ‘ações discriminatórias’, o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, com sede em Campinas (SP), registrou um aumento significativo de 47% entre 2022 e 2023. Os números revelam um total de 2.031 processos novos relacionados a demissões por discriminação no último ano, evidenciando a gravidade do problema.
As ‘dispensas discriminatórias’ são situações em que o funcionário é desligado da empresa por motivos pessoais, supostamente alheios ao desempenho profissional. Nesses casos, os trabalhadores buscam evidências para comprovar as práticas discriminatórias, cabendo à empresa a obrigação de provar que não houve nenhum tipo de discriminação.
Diante desse panorama, é fundamental que a sociedade se una e se posicione contra o ‘assédio’ e qualquer forma de discriminação no ambiente de trabalho. A busca por justiça e igualdade deve ser uma bandeira defendida por todos.
Fonte: © Direto News
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