Estudo no Centro de Tecnologia visa aumentar produção de vacinas. Rede de especialistas da OMS pesquisa vírus.
Desde o início da pandemia de mpox, há 24 meses, o Centro de Tecnologia de Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) tem trabalhado arduamente no desenvolvimento de um imunizante brasileiro eficaz para combater a propagação do vírus.
O imunizante brasileiro produzido pela UFMG está passando por rigorosos testes para garantir sua eficácia e segurança, com a expectativa de contribuir significativamente para a proteção da população contra a Vacina. A pesquisa e inovação contínuas são fundamentais para enfrentar os desafios de saúde pública e promover o bem-estar de todos.
Desenvolvimento do Imunizante Brasileiro
Em comunicado oficial, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) destacou a relevância da iniciativa no âmbito da Rede Vírus, um grupo de especialistas em virologia dedicado ao avanço de diagnósticos, tratamentos e, principalmente, vacinas. A criação desse imunizante brasileiro é uma das principais metas estabelecidas pelo comitê de especialistas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) também entrou em cena, com o diretor-geral Tedros Adhanom declarando emergência global de saúde pública diante do aumento de casos e da detecção de uma nova variante no continente africano. Essa situação ressalta a importância do desenvolvimento de tecnologia de vacinas eficazes e seguras.
Os dados do Ministério da Saúde revelam que, até o momento, foram identificados 709 casos da doença no Brasil, sem nenhum deles relacionado à nova variante. Isso evidencia a necessidade de avançar na produção de imunizantes capazes de proteger a população.
O MCTI informou que, em 2022, o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos forneceu à UFMG a semente do vírus da mpox, um componente essencial para a produção do insumo farmacêutico ativo (IFA). Esse material é fundamental para a fabricação do imunizante brasileiro, que está em fase de estudo para ampliar a capacidade de produção e atender à demanda em larga escala.
A vacina nacional é baseada em um vírus semelhante ao da mpox, porém atenuado por passagens em um hospedeiro distinto. Esse processo garante a segurança do imunizante, que perde a capacidade de se replicar em mamíferos, como os seres humanos. Esse enfoque inovador na tecnologia de vacinas promete resultados promissores no combate à doença.
Além disso, a OMS destaca a existência de duas vacinas disponíveis contra a mpox. A Jynneos, produzida pela Bavarian Nordic, é recomendada para adultos, incluindo gestantes e lactantes, por sua composição com vírus atenuado. Por outro lado, o ACAM 2000, da Emergent BioSolutions, apresenta mais contra-indicações e efeitos colaterais, devido à sua composição com vírus ativo.
Diante da emergência global, o Ministério da Saúde está em negociações para adquirir 25 mil doses da Jynneos por meio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Desde a aprovação provisória do imunizante pela Anvisa em 2023, o Brasil já recebeu e aplicou milhares de doses, fortalecendo a campanha de vacinação no país.
Fonte: @ Agencia Brasil
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