Segundo Jarbas Barbosa, prazo estimado para o controle da transmissão do sorotipo do vírus é preocupante; surto atual deve ser o pior na região das Américas.
O combate à dengue é um desafio constante para os órgãos de saúde, principalmente em épocas de surto da doença. Jarbas Barbosa, diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), destacou em uma coletiva que a imunização não é a única medida eficaz no controle da dengue, sendo necessário investir em ações de prevenção e combate ao mosquito transmissor.
A febre da dengue é uma enfermidade séria e potencialmente fatal, que demanda atenção especial das autoridades de saúde. Mesmo com a oferta de imunizantes, a erradicação da doença transmitida por mosquito é um processo demorado e que requer a participação ativa da população na eliminação de criadouros do Aedes aegypti. A prevenção continua sendo a melhor forma de combater a dengue e garantir a saúde de todos.
Barbosa convoca a população para combater a proliferação da dengue
Barbosa, que é brasileiro, convocou a população das Américas a redobrar os cuidados para evitar a proliferação do mosquito em meio ao surto que afeta países da região. Segundo a Opas, entre o início do ano e a última terça-feira, 26, foram registrados mais de 3,5 milhões de casos e mais de 1 mil mortes pela doença na região.
‘Isso é motivo de preocupação, pois representa três vezes mais casos do que os notificados no mesmo período do ano passado’, explicou o diretor da entidade. Em todo o ano passado, foram 4,5 milhões de notificações.
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Dengue: crescimento preocupante na América Latina e no Caribe
A doença tem crescido em toda a América Latina e no Caribe, mas os registros estão concentrados no Brasil (83%), Paraguai (5,3%) e Argentina (3,7%), países que respondem por 92% dos casos e 87% das mortes.
De acordo com Barbosa, 21 países nas Américas têm notificação de circulação de mais de um sorotipo do vírus — são quatro ao todo –, o que tem feito a entidade intensificar as ações de treinamento de profissionais da saúde e medidas para difundir informação sobre a doença. ‘Provavelmente, esta será a pior temporada de dengue nas Américas e a população deve redobrar os cuidados’, disse.
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Vacina contra a dengue limitada
Limitações da vacina Sobre o imunizante, o diretor da Opas alertou que o controle da doença não virá tão rápido. ‘É importante ressaltar que a vacina que está disponível é de duas doses e precisa de três meses de intervalo entre uma dose e outra. Não é para controlar neste momento.
Há estudos que demonstram que só oito anos de vacinação teriam um impacto importante para a transmissão da dengue.’ Além disso, há limitações da farmacêutica japonesa Takeda para a produção de mais doses. Continua após a publicidade ‘A grande ação seria a eliminação dos criadouros em casas, parques e comércios para a redução de mosquitos’, completa.
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Fonte: @ Veja Abril
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