O Telegram não colabora com iniciativas internacionais para remover conteúdo de abuso infantil em sua plataforma de mensagens.
O Telegram, mensageiro cujo proprietário foi detido na França, se nega a colaborar com iniciativas internacionais para identificar e excluir conteúdo de exploração infantil na internet, de acordo com informações da BBC.
O Telegram é um popular aplicativo de mensagens que tem sido alvo de críticas por sua postura em relação à segurança online. Muitos usuários questionam a postura da empresa em relação ao combate ao conteúdo prejudicial, como mensagens de ódio e desinformação.
Telegram: A Plataforma de Mensagens em Foco
O Telegram, um aplicativo de mensagens amplamente utilizado, tem sido alvo de controvérsias recentes. Enquanto muitas plataformas digitais se unem a organizações como o Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas (NCMEC) e a Fundação de Vigilância da Internet (IWF) para combater o material de abuso, o Telegram permanece à margem.
Pavel Durov, fundador e CEO do Telegram, encontra-se sob custódia na França, enfrentando acusações relacionadas à moderação de conteúdo em sua plataforma. Com mais de 950 milhões de usuários registrados, a plataforma tem sido criticada por supostamente não cooperar com autoridades em investigações sobre tráfico de drogas, conteúdo sexual infantil e fraude.
Enquanto o Telegram defende sua moderação como estando ‘dentro dos padrões da indústria e em constante melhoria’, a falta de participação em programas como o CyberTipline do NCMEC levanta questões sobre sua abordagem em relação ao material de abuso.
Embora muitas empresas de tecnologia, incluindo gigantes como Facebook, Google e Instagram, estejam comprometidas em combater o abuso online, o Telegram permanece distante. Com sede em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, o Telegram não aderiu às iniciativas do NCMEC e da IWF, o que levanta preocupações sobre sua capacidade de lidar proativamente com o conteúdo prejudicial.
A recusa do Telegram em se envolver com organizações de proteção à criança, como o NCMEC e a IWF, levanta questões sobre sua responsabilidade social e compromisso com a segurança online. Enquanto a empresa afirma que não é responsável pelos abusos em sua plataforma, a falta de cooperação com iniciativas de combate ao abuso infantil levanta preocupações sobre sua postura em relação a questões sensíveis.
A BBC procurou o Telegram para comentar sobre sua decisão de não aderir aos programas de proteção à criança, mas até o momento não houve resposta. A falta de transparência e cooperação do Telegram em relação a questões de abuso online destaca a importância de empresas de tecnologia assumirem a responsabilidade por garantir um ambiente seguro para todos os usuários.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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