Em fevereiro, as contas públicas do setor público consolidado apresentaram déficit primário de R$ 48,692 bilhões, de acordo com dados consolidados.
Os últimos dados do Banco Central revelaram que o setor público consolidado apresentou um déficit de R$ 48,692 bilhões em fevereiro. Esse valor representou um aumento significativo em relação ao mesmo período do ano passado, quando o resultado déficitário foi de R$ 26,453 bilhões.
O cenário econômico atual tem sido desafiador, com pressões crescentes sobre o déficit primário. É fundamental que medidas eficazes sejam adotadas para reverter essa tendência e garantir a sustentabilidade das contas públicas. A redução do déficit primário é essencial para promover o equilíbrio fiscal e estimular o crescimento econômico a longo prazo.
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Novos dados sobre o déficit primário
Com isso, o déficit primário acumulado atinge R$ 321,874 bilhões em 12 meses até fevereiro, o que corresponde a 2,93% do PIB. Os dados consolidados do setor público incluem o governo central (Previdência, Tesouro e BC), Estados, municípios e estatais, sem considerar empresas como Petrobras, Eletrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. O resultado do mês passado evidenciou um déficit de R$ 69,385 bilhões no governo central e um superávit de R$ 10,375 bilhões nas esferas estadual e municipal, enquanto as estatais apresentaram um déficit de R$ 579 milhões.
Impacto na dívida do governo
A dívida líquida do setor público registrou aumento para 61,2% do PIB em fevereiro, totalizando R$ 6,794 trilhões. Já a dívida bruta do governo geral alcançou 76% do PIB, atingindo R$ 8,395 trilhões, com um acréscimo de 0,5 ponto percentual em relação ao mês anterior.
Déficit nominal em destaque
No mês de fevereiro, o setor público consolidado apresentou um déficit nominal de R$ 136,630 bilhões, incluindo despesas com juros, conforme dados do Banco Central. Um ano antes, o déficit havia sido de R$ 108,727 bilhões. O resultado reflete um déficit primário de R$ 58,430 bilhões e juros de R$ 78,200 bilhões. Em 12 meses até fevereiro, o déficit nominal totaliza R$ 1,218 trilhão, equivalente a 11,17% do PIB, em comparação com 10,31% no mês anterior.
Reflexos no arcabouço fiscal
A importância de manter as contas públicas equilibradas é fundamental para atrair investidores, conforme o arcabouço fiscal estipulado pelo governo. A meta de zerar o déficit neste ano é um indicativo de saúde financeira, reduzindo o risco percebido pelos investidores e, por conseguinte, os prêmios exigidos para investir no Brasil.
Análise do cenário atual
O controle do déficit continua sendo um desafio para o governo, tendo em vista as recentes variações nos indicadores. A atenção do mercado permanece na evolução das contas públicas, que refletem a capacidade do país em garantir estabilidade econômica e atratividade para investimentos.
Contém informações do Valor PRO; serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico
Fonte: @ Valor Invest Globo
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