Gaúcha, primeira médica formada no Brasil, especializada em obstetrícia, teve êxito na área acadêmica e profissional, cuidando de nascimentos prematuros em 1866.
Neste dia 7 de março, o Google Doodle celebra a trajetória de Rita Lobato Velho, a pioneira na Medicina brasileira. Reconhecida por sua especialização em obstetrícia, Rita Lobato Velho foi uma das primeiras mulheres a se formar e atuar como médica no país, deixando um legado inspirador para as gerações seguintes.
A história de Rita Lobato Velho é marcada por sua dedicação e conquistas no campo da saúde, sendo um exemplo de determinação e superação. Seu papel como a segunda médica a se destacar na área no continente sul-americano ressalta a importância de sua atuação e influência na história da Medicina no Brasil. Rita Lobato Velho é um símbolo de empoderamento feminino e excelência profissional que deve ser lembrado e celebrado.
Rita, Lobato Velho;: Uma Mulher à Frente de Seu Tempo
Rita, Lobato Velho; nasceu prematuramente em 9 de junho de 1866, no Rio Grande do Sul. Filha de Rita Carolina Velho Lopes e Francisco Lobato Lopes, cresceu em meio a 13 irmãos, acompanhando as mudanças de bairro devido ao trabalho de seu pai, um comerciante de charque gaúcho.
Desde cedo, Rita demonstrava interesse em se tornar médica, um sonho que a impulsionou a buscar sua especialização na área acadêmica. Após concluir o ensino primário aos 9 anos, ela seguiu para o Rio de Janeiro e depois para Salvador, onde ingressou na Universidade Federal da Bahia (UFBA) para cursar medicina.
Em um feito impressionante, Rita concluiu os seis anos de faculdade em apenas quatro, obtendo seu diploma em 10 de dezembro de 1887, aos 21 anos. Sua tese de defesa, intitulada ‘Paralelo entre os métodos preconizados na operação cesariana’, refletia seu êxito acadêmico e profissional.
Ao longo de sua carreira, Rita se dedicou ao atendimento de mulheres de diversas classes sociais, muitas vezes sem cobrar pelos cuidados prestados. Seu casamento com Antônio Maria Amaro de Freitas, em 1889, resultou na chegada de sua filha, Isis Lobato Freitas, ampliando sua dedicação tanto à profissão quanto à família.
Além de sua atuação na área da medicina, Rita foi uma figura importante no movimento feminista, contribuindo para conquistas significativas, como o Código Eleitoral de 1932 e a eleição de Carlota Pereira de Queirós para o Congresso Nacional em 1934.
Nos últimos anos de vida, Rita enfrentou desafios de saúde, incluindo deficiências auditivas e visuais. No entanto, sua mente lúcida e sua determinação a mantiveram ativa até seus 87 anos, quando faleceu em 6 de janeiro de 1954, deixando um legado de pioneirismo e dedicação na área da obstetrícia.
Fonte: © CNN Brasil
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