Falta de habilidade (33,2%) e alto custo (30%) são motivos principais para não usar conexão. Dados da PNAD de 2023.
Cerca de 5,9 milhões de lares no Brasil ficaram sem acesso à internet em 2023, de acordo com informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), divulgada recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A importância da internet na vida cotidiana é cada vez mais evidente, e a falta de acesso pode representar uma barreira significativa para a inclusão digital.
Além disso, a ausência de conexão à internet pode impactar diretamente a qualidade de vida das pessoas, limitando seu acesso a informações, oportunidades de educação e trabalho. A expansão da rede de banda larga é essencial para garantir que todos os cidadãos tenham acesso igualitário à internet e possam desfrutar dos benefícios que ela proporciona.
Pesquisa Nacional Domicílios: Acesso à Internet e Conexão no Brasil
Em comparação, no ano passado, 6,4 milhões de lares estavam desconectados da internet. De acordo com o IBGE, os principais motivos para a falta de acesso à rede em 5,9 milhões de domicílios são: a falta de conhecimento sobre o uso da internet por parte dos moradores (33,2%); o alto custo do serviço de acesso à internet (30%); a ausência de necessidade de conexão (23,4%); a falta de cobertura de rede no endereço do domicílio (4,7%); o custo dos equipamentos de instalação (3,7%); a falta de tempo para navegar (1,4%); a preocupação com privacidade ou segurança (0,6%); e outros motivos (3%).
Por outro lado, a internet é amplamente utilizada na maioria dos lares brasileiros. No ano passado, 72,5 milhões de domicílios (92,5%) tinham acesso à rede, o que representa um aumento de 1 ponto percentual em relação a 2022. O IBGE observou um crescimento na adoção da internet banda larga em todo o país. O uso da internet móvel passou de 81,2% em 2022 para 83,3% em 2023, enquanto o acesso à internet fixa, como o Wi-Fi, aumentou de 86,4% para 86,9% no mesmo período. A contratação de internet fixa continuou a crescer entre 2016 e 2023 e superou a internet móvel em 2021, ano em que o número de usuários de internet móvel diminuiu.
Nos lares em que a internet era utilizada no ano passado, apenas 0,3% ainda utilizavam conexão discada no Brasil, de acordo com o órgão. A faixa etária com o maior percentual de usuários de internet foi a de 25 a 29 anos, com 96,3% declarando ter usado a rede em 2023. Em seguida, estão as faixas etárias de 20 a 24 anos (95,9%); 30 a 39 anos (95,5%); 14 a 19 anos (93,7%); 40 a 49 anos (93,4%); 10 a 13 anos (84,2%); e 60 anos ou mais (66%). O IBGE também observou um aumento significativo no uso da internet por brasileiros com mais de 50 anos entre 2019 e 2023.
A pesquisa identificou que as regiões Centro-Oeste (91,4%), Sudeste (89,9%) e Sul (89,2%) apresentam os maiores índices de uso de internet no país, seguidas por Norte (85,3%) e Nordeste (84,2%).
Além disso, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) revelou que mais de 30 milhões de assinantes no Brasil utilizam serviços de streaming. Em 2023, 31,1 milhões de brasileiros, ou 42,1% da população, acessavam alguma plataforma de streaming, enquanto 57,9% não o faziam. A taxa de lares com esse tipo de serviço diminuiu em relação a 2022, quando era de 43,4%. Essa redução foi observada em todas as regiões do país, conforme o IBGE. As regiões com os maiores percentuais de acesso são Sul (49%), Centro-Oeste (48,2%) e Sudeste (47,6%), enquanto as menores taxas estão nas regiões Norte (37,5%) e Nordeste (28,2%).
Fonte: © G1 – Tecnologia
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