Autorização automática concedida para aprimorar o Glok, IA similar ao ChatGPT. Opção ativada por padrão na página de configurações para usuários.
O X está utilizando dados dos usuários para treinar o Grok, sua inteligência artificial (IA) generativa que concorre com o ChatGPT. A empresa de Elon Musk fez uma atualização na página de configurações para que os usuários possam decidir se dados dos usuários e interações podem ser usados no treinamento da IA, mantendo a opção ativada por padrão. De acordo com o X, essas informações serão fundamentais para o ‘treinamento e ajuste fino’ da IA.
Além disso, a empresa afirmou que os registros dos usuários serão mantidos de forma segura e que os detalhes dos usuários não serão compartilhados com terceiros sem consentimento prévio. A transparência no uso de dados dos usuários é uma prioridade para o X, que busca garantir a privacidade e segurança de seus usuários em todas as interações com a inteligência artificial Grok.
Como proteger os dados dos usuários
A recente alteração gerou reações negativas em alguns usuários, que expressaram insatisfação com a falta de transparência do X (consulte ao final). Para evitar que o X colete dados para IA, é necessário seguir alguns passos simples. O login no X no computador só pode ser feito através do formato web. Ao acessar a plataforma, localize a opção ‘Configurações‘ na parte inferior da aba, no canto esquerdo da tela. Em seguida, clique em ‘Privacidade e Segurança’ e selecione a opção ‘Grok’, disponível no menu do lado direito da tela. Por fim, desative o ‘Compartilhamento de dados’ ao clicar na seta que preenche essa opção.
A polêmica envolvendo a Meta
Os usuários da Meta, empresa responsável pelo Instagram, Facebook e WhatsApp, se viram diante de uma situação semelhante em junho. Na ocasião, a plataforma autorizou a utilização dos dados abertos dos brasileiros para o treinamento de sistemas de inteligência artificial (IA) generativa, por meio de uma atualização em sua política de privacidade. No entanto, no mês seguinte, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) determinou que a Big Tech suspendesse essa prática, sob pena de multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento.
A ANPD justificou sua decisão com base no ‘risco iminente de dano grave e irreparável, ou de difícil reparação, aos direitos fundamentais dos titulares afetados’. A medida foi tomada após o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) apontar que a forma como a empresa estava utilizando os dados violava as leis brasileiras, uma vez que os usuários não foram devidamente informados previamente, a opção de se opor à prática era considerada ‘pouco intuitiva’ e poderia resultar em uma vantagem excessiva para a empresa.
Enquanto isso, a Meta defendeu que a alteração estava em conformidade com a legislação brasileira e expressou estar ‘desapontada com a decisão’ da ANPD. A questão da transparência e proteção dos dados dos usuários continua sendo um tema sensível e crucial no cenário atual.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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