Na reta final, reserva dos papéis da Sabesp 30 vezes acima do esperado, atingindo R$ 200 bilhões. Diferença de quase 20% entre preço vendido e de tela.
Se a privatização da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) gerou debates intensos nos últimos meses, a discussão sobre a eficácia da medida continua em pauta. A privatização da empresa tem sido vista como uma forma de melhorar a gestão dos serviços de saneamento básico no estado, mas também levanta preocupações sobre a qualidade e o acesso dos serviços à população.
Além disso, a desestatização da Sabesp pode impactar diretamente o setor de saneamento no Brasil, trazendo mudanças significativas no modelo de prestação de serviços. A alienação de parte ou da totalidade da empresa pode resultar em desinvestimento em infraestrutura e tecnologia, o que pode afetar a qualidade e a eficiência dos serviços oferecidos. É importante analisar de forma cuidadosa os possíveis impactos da privatização da Sabesp e buscar soluções que garantam a continuidade e a melhoria do saneamento básico no estado de São Paulo.
Processo de privatização da Sabesp gera grande expectativa
A privatização da Sabesp, empresa de saneamento do estado de São Paulo, está em sua fase final, com investidores aguardando ansiosamente a definição da intenção de compra do lote de ações de 17,3% do governo estadual. A operação de reserva de compra, que ocorreu recentemente, surpreendeu ao atingir o montante de R$ 200 bilhões, superando em 30 vezes a expectativa inicial do governo.
Especialistas do mercado financeiro e em saneamento destacam que o modelo de desestatização adotado pelo governo paulista parece ter sido acertado. Com regras que limitam a participação acionária na Sabesp e restringem a participação em outros leilões do setor, a vencedora será incentivada a focar na governança e nos investimentos necessários para a universalização dos serviços de água e esgoto.
A estratégia de realizar uma oferta subsequente de ações, transferindo parte do controle acionário para a Equatorial, foi considerada mais vantajosa do que a privatização total, como ocorreu com a Eletrobras. Essa abordagem deve garantir que a Sabesp mantenha uma trajetória de valorização sob gestão privada, trazendo benefícios tanto para a empresa quanto para o governo estadual, que manterá uma participação relevante.
No entanto, surgiram questionamentos em relação ao preço das ações oferecidas no lote, fixado em R$ 67, abaixo da média de mercado. Críticos argumentam que a estatal está sendo subvalorizada, o que levanta preocupações sobre a transparência do processo de privatização. A demanda pelos papéis da companhia foi significativa, chegando a R$ 200 bilhões, com a participação de diversos investidores, incluindo fundos, corretoras e investidores individuais.
Com um total de R$ 14,7 bilhões a ser arrecadado no processo de privatização, a Sabesp se destaca como a maior operação do mercado de capitais no Brasil em 2024. A expectativa é de que a empresa continue a crescer e gerar lucros sob a nova gestão privada, impulsionando o setor de saneamento e atraindo mais investidores interessados nesse segmento.
Fonte: @ NEO FEED
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