Nove funcionários da UNRWA podem ter tido envolvimento nos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, afirmou a ONU.
Nove colaboradores da UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina) podem ter tido alguma participação nos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, declarou nesta segunda-feira (5) a ONU (Organização das Nações Unidas). Segundo a Organização das Nações Unidas, as investigações apontam para o possível envolvimento de funcionários da UNRWA nos incidentes. Receba as últimas notícias do TNH1 em seu WhatsApp.
Para nove indivíduos, as evidências foram suficientes para concluir que eles podem ter tido envolvimento nos ataques de 7 de outubro. A Organização das Nações Unidas está analisando de perto a situação e tomando as medidas necessárias para garantir a integridade de suas operações. A colaboração entre as Nações Unidas e a UNRWA é fundamental para promover a paz e a segurança na região.
Organização das Nações Unidas: Funcionários Demitidos e Acusações de Vínculos com Facção Terrorista Palestina
Os funcionários em questão foram dispensados de seus cargos. O reconhecimento da Organização das Nações Unidas ocorre meses após o governo do premiê Binyamin Netanyahu acusar funcionários da UNRWA de terem ligações com a facção terrorista palestina. De acordo com Tel Aviv, 190 indivíduos teriam algum tipo de conexão com o Hamas, e 12 estariam de alguma forma envolvidos nos atentados ocorridos em outubro.
A acusação gerou desconfiança por parte de boa parte da comunidade internacional em relação à reputação da UNRWA, e diversos dos principais doadores da agência, incluindo os EUA e países europeus, anunciaram a suspensão de suas contribuições. O porta-voz apresentou as conclusões do Gabinete de Serviços de Supervisão Interna da ONU, que afirmou ter concluído sua investigação sobre o caso levantado por Tel Aviv.
Todos os nove indivíduos apontados como ligados aos ataques são do sexo masculino. As Nações Unidas não divulgaram detalhes sobre as ações dos colaboradores em questão. ‘Para nós, qualquer envolvimento nos ataques representa uma traição ao tipo de trabalho que deveríamos estar realizando em prol do povo palestino’, afirmou Haq. A agência emprega 32 mil pessoas, sendo que 13 mil estão baseadas em Gaza.
A instituição declarou que alguns funcionários libertados de prisões em Israel e enviados de volta ao território palestino relataram ter sido pressionados pelas autoridades de Tel Aviv a fornecer falsas informações sobre suas supostas ligações com o Hamas e os ataques ocorridos em 7 de outubro.
Dos 12 funcionários colocados sob suspeita por Israel em janeiro, 11 seriam membros do Hamas ou do Jihad Islâmico, enquanto um não teria vínculos com nenhum dos grupos, mas teria participado da incursão que resultou em 1.200 mortes no sul de Israel e desencadeou o atual conflito na Faixa de Gaza. Conforme o documento, dois deles estariam falecidos.
Em 29 de janeiro, o secretário-geral da ONU, António Guterres, solicitou uma investigação das acusações feitas por Tel Aviv. Em abril, uma investigação independente liderada por Catherine Colonna, ex-chanceler da França, afirmou que Israel ainda não havia apresentado provas que corroborassem as alegações de ligações entre funcionários da UNRWA e as atividades terroristas.
Na ocasião, Philippe Lazzarini, comissário-geral da agência, assegurou que uma investigação estava em andamento e que qualquer funcionário envolvido em atos de terrorismo seria responsabilizado, inclusive judicialmente.
A retaliação de Israel em resposta aos ataques terroristas de outubro resultou em 39.623 mortes, além de 91.469 feridos, até a última segunda-feira, de acordo com o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas.
Fonte: © TNH1
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