Varejista João Appolinário tentou renegociar dívidas recentemente, sem sucesso. Empresa criada em ’99, dívida superior a R$ 352M. Instituições financeiras, fornecedores, trabalhistas, microempreendedores, endividamento total: rede varejista (Casas Bahia, Polishop) sofre prejuízo judicial. Extrajudicial recuperação planejada. Renegociação e redução bancária em andamento. Dívidas listadas. Plano de recuperação em andamento.
A Polishop, empresa varejista fundada em 1999 por João Appolinário, solicitou recuperação judicial na 2ª vara de falências e recuperações judiciais do foro central da comarca de São Paulo. A Polishop possui uma dívida total superior a R$ 352 milhões. Entre os credores da Polishop, cerca de R$ 349 milhões correspondem a instituições financeiras e fornecedores.
Com a solicitação de recuperação judicial, a companhia Polishop busca reestruturar suas finanças e honrar seus compromissos. A rede Polishop pretende superar esse desafio e fortalecer sua posição no mercado varejista, mantendo sua reputação de inovação e qualidade.
Polishop: Uma História de Recuperação Financeira
A Polishop, conhecida rede varejista criada em 1999 por João Appolinário, enfrenta um desafio financeiro significativo. Com dívidas que totalizam aproximadamente R$ 3 milhões em questões trabalhistas e com microempreendedores, a empresa se vê diante de uma situação delicada. No entanto, o cenário se torna ainda mais complexo ao analisar a extensa lista de credores que inclui diversas instituições financeiras e fornecedores.
Entre as empresas do setor financeiro que figuram no topo da lista de credores da Polishop, a fintech BMP Money se destaca com um montante a receber de cerca de R$ 26,6 milhões. Seguindo-se, o Banco do Brasil, a seguradora Zurich e a Wiz Corretora de Seguros somam valores expressivos, contribuindo para um quarto do endividamento total da companhia.
Além dessas instituições, outros bancos como Bradesco, Itaú, Banco Original, Banco Safra, Votorantim e Banco da Amazônia também estão presentes na lista, com valores que variam de quase R$ 11 milhões a R$ 3,6 milhões. No âmbito dos fornecedores, marcas como Versuni e Conair têm quantias consideráveis a receber, demonstrando a abrangência das dívidas da Polishop.
A tentativa de renegociação da dívida, iniciada em abril deste ano, reflete a busca da empresa por uma saída para sua situação financeira. Inspirada pelo reperfilamento realizado pela Casas Bahia em 2024, a Polishop almeja um plano semelhante que permita a reestruturação de seus compromissos com o setor financeiro, deixando os fornecedores de fora desse processo.
Com a redução de R$ 143 milhões no endividamento bancário ao longo de 2023, a Polishop demonstra esforços para reverter seu quadro financeiro desafiador. No entanto, o prejuízo de R$ 155 milhões no ano anterior e as ações de despejo enfrentadas pela rede varejista evidenciam a complexidade da situação.
Apesar de ter alcançado um patamar de sucesso com 280 lojas físicas, lançamentos anuais de produtos e uma receita superior a R$ 1,2 bilhão, a Polishop se viu impactada pela pandemia de Covid-19. Em abril deste ano, a empresa enfrentava bloqueios de contas e ações judiciais que prejudicavam suas operações diárias, tornando a renegociação com os credores uma etapa crucial em seu caminho de recuperação financeira.
Fonte: @ NEO FEED
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