Queimadas no Pantanal destruíram mais de 600 mil hectares em 2021; Mato Grosso do Sul em emergência devido à seca hídrica severa.
Uma vista aérea revela a fumaça se elevando de um incêndio no Pantanal, a extensa planície alagada, localizada em Corumbá, no estado de Mato Grosso do Sul, Brasil, em 10 de junho de 2024. Imagem: Reuters/Ueslei Marcelino O Pantanal enfrentou um aumento sem precedentes de queimadas no início deste ano.
O bioma brasileiro do Pantanal tem sido duramente afetado pelos incêndios, causando danos irreparáveis à sua rica biodiversidade. A preservação do Pantanal é crucial para a manutenção do equilíbrio ecológico da região, ressaltando a urgência de ações efetivas para combater as chamas e proteger esse precioso tesouro natural.
O Pantanal em Alerta: Aumento Alarmante de Incêndios Ameaça o Bioma Brasileiro
Satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) detectaram 3.262 focos de queimadas entre 1º de janeiro e 23 de junho no Pantanal, o maior bioma úmido do mundo, registrando um número alarmante desde o início do monitoramento em 1988. Essa marca é 22 vezes superior aos registros do mesmo período em 2023. O aumento das queimadas em 2024, segundo especialistas, está diretamente ligado à crise climática que assola a região.
A seca hídrica severa que assola o Pantanal é evidenciada pelas chuvas escassas no início do ano, que não foram suficientes para encher rios e conectar lagoas ao Rio Paraguai, principal curso d’água do bioma, que atingiu níveis historicamente baixos para o período. Além disso, as ações humanas de devastação no Cerrado, bioma interconectado com o Pantanal, contribuem para agravar a situação.
Os incêndios no Pantanal e Cerrado têm quebrado recordes históricos, gerando preocupação e impactos significativos na biodiversidade e no ecossistema da região. A luta para combater as chamas tem sido árdua, com relatos de que o fogo chegou antes do esperado, causando temor e desafios para as equipes de resgate. A visibilidade na principal estrada para Corumbá (MS) tem sido comprometida devido à fumaça densa proveniente dos incêndios.
Em resposta à situação crítica, o governo do Estado de Mato Grosso do Sul decretou estado de emergência na última segunda-feira, 24, com validade de 180 dias. Medidas como a facilitação de licitações de emergência e o apoio do Corpo de Bombeiros em ações de resgate domiciliar foram estabelecidas para enfrentar a crise. Até o momento, as queimadas já destruíram 627 mil hectares somente neste ano.
Dos hectares afetados, 480 mil estão em Mato Grosso do Sul e 148 mil em Mato Grosso, conforme dados divulgados pelo Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro até domingo, 23. A situação crítica do Pantanal é evidenciada por imagens impactantes que mostram a devastação causada pelo fogo, retratando a triste realidade enfrentada pela maior área úmida do mundo.
Bombeiros voluntários da Brigada do Alto Pantanal têm se dedicado incansavelmente para controlar os incêndios que assolam o Pantanal, demonstrando coragem e determinação diante da adversidade. A população local, como o agricultor Donizete Silva, testemunha o cenário desolador enquanto a fumaça se eleva dos focos de incêndio, evidenciando a urgência de ações efetivas para preservar esse ecossistema único.
Imagens aéreas revelam a extensão dos danos, com animais silvestres como jacarés, cobras e macacos sendo vítimas das chamas, ressaltando a urgência de medidas de conservação e proteção do Pantanal. A comoção diante da destruição provocada pelos incêndios reforça a necessidade de um esforço conjunto para conter a tragédia ambiental que assola essa preciosa área natural brasileira.
Fonte: @ Terra
Comentários sobre este artigo