Um dos melhores dias da história do futebol feminino brasileiro, com a seleção na final olímpica e chances de realizar os maiores sonhos.
Nesta terça-feira (06/08), presenciamos um momento marcante para o futebol feminino brasileiro com a conquista por 4 a 2 diante da Espanha na semifinal dos Jogos Olímpicos. Foi um marco na trajetória do futebol feminino nacional, um feito que entrará para a história. O desempenho das jogadoras foi excepcional, mostrando a força e a qualidade do nosso esporte.
Essa vitória representa não apenas um triunfo no campo, mas também um passo importante para o reconhecimento e valorização do futebol das mulheres. O talento e dedicação das atletas brasileiras são inspiradores, e o impacto desse resultado vai além das quatro linhas. O futebol feminino está em ascensão e merece todo o apoio e destaque possíveis. Parabéns às jogadoras e à comissão técnica por essa conquista histórica!
Futebol feminino: A história de um sonho realizado
Não sei o que vai acontecer na final do futebol feminino. Mas nós não estamos falando do acaso. Nos meus melhores sonhos, eu sonhei com um Brasil retrancado, um gol de cabeça e a comemoração. Nos meus melhores, melhores sonhos. Era meio a zero, com um raspão da Kerolin, Ludmila. Ou do Arthur Elias. Conta também! Um gol de bunda. Mas conta! Nós vimos um Brasil que eu não sei como…. O poder existe.
Não que eu não confiasse nessas atletas e no Arthur. Mas o que elas fizeram foi gigantesco. Elas aterrorisaram a maior seleção de futebol feminino da atualidade. Aterrorisaram uma seleção que apresentou um futebol que eu não achava que o futebol feminino nem estava preparado para apresentar. O Brasil engoliu a Espanha. A Catalina Coll estava aterrorisada dentro de campo.
Foi uma das coisas mais impressionantes. Mari, isso quer dizer que já ganhou? Não. Pelo amor de Deus, me deixa viver agora. O que eu estou vivendo neste momento… eu preciso de um tapa na minha cara. O que nós vivemos foi uma resposta improvável, inesperada e com a cara do futebol feminino brasileiro.
Quando a gente menos acredita, que menos tem possibilidade, com mais gente torcendo contra, mas a favor também, com aquele medo. Essas meninas pegaram a opinião de todo mundo e disseram: ‘O problema é de vocês. A gente vai jogar bola. E a gente está em uma final olímpica, com chances reais de vencer os EUA.’ Que roteiro é esse?
O que a gente fez hoje é por Sissi, por Cristiane, por Pretinha, por Formiga, por Marta e por tantas outras. E, no fundo da gente, todo mundo que ama o futebol feminino, depois que viu o Brasil contra a França, estava sentado na cadeira se perguntando ‘e se’. É uma bola. É um dia estar bom. É uma noite. São 90 minutos para as coisas funcionarem.
Em 90 minutos, as coisas funcionaram para o Brasil. Me dá vontade de chorar. Esse Brasil é muito azarão. Cara, esse Brasil, de Cristiane, que foi buscar semifinal olímpica. Que chegava na hora… era tocar para o lado que o Brasil estava classificado para uma semi, umas quartas. A bola batia na trave e saía, a jogadora furava. A maldita da jogadora do outro time recuperava no contra-ataque e fazia o gol. Hoje, o Brasil teve tudo, tudo. Inclusive a sorte. E isso é inacreditável para quem vive do futebol feminino.
Não sei quem é a Deusa do futebol feminino que está cuidando das coisas hoje, mas muito obrigada.
Futebol feminino: A grande final olímpica
O Brasil terá pela frente no próximo sábado (10) os Estados Unidos, exatamente as carrascas nas outras finais olímpicas (2004 e 2008), no Parque dos Príncipes, em Paris. E poderá contar com a presença de Marta, que já terá cumprido a sua suspensão de dois jogos por completo.
Fonte: @ ESPN
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