Dezoito crianças em situação degradante, sem remuneração, em trabalho forçado.
Servidores de seis órgãos públicos que participam da quarta edição da Operação Resgate libertaram 593 pessoas encontradas em situações de trabalho forçado ao longo do último mês. Entre as vítimas, há, ao menos, 18 crianças ou adolescentes submetidos ao trabalho forçado – 16 delas eram forçadas a realizar serviços em condições degradantes, sem receber qualquer quantia em troca.
Essa ação visa combater a escravidão moderna e o trabalho forçado, garantindo a proteção dos direitos humanos e a dignidade das pessoas envolvidas. O tráfico de pessoas para trabalho forçado é uma realidade preocupante que exige a atuação conjunta de diversos setores da sociedade para erradicar essa prática desumana. Confira o Olhar Digital News
Operação Resgate IV: Combate ao Trabalho Forçado e à Moderna Escravidão
Os resgates recentes realizados em 11 unidades federativas brasileiras revelaram a persistência do problema do trabalho forçado em diversas regiões do país. Entre os dias 29 de julho e 28 de agosto, a ação conjunta resultou na libertação de um número significativo de pessoas submetidas a condições de escravidão moderna. Os estados mais afetados foram Minas Gerais, São Paulo, Pernambuco e Distrito Federal, onde foram registradas as maiores ocorrências.
A prática de trabalho forçado foi identificada em diferentes setores econômicos, com destaque para a agricultura, construção civil e serviços. Cultivos de cebola, café e alho, bem como atividades em restaurantes, bares e condomínios, foram apontados como locais onde o trabalho escravo era recorrente. Um caso emblemático ocorreu em uma clínica de reabilitação em Pernambuco, onde 18 pacientes eram explorados laboralmente.
Segundo o coordenador-geral de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Análogo ao de Escravo e Tráfico de Pessoas, André Roston, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a clínica em questão mantinha os internos realizando atividades administrativas e de serviços sem qualquer remuneração. O funcionamento do estabelecimento dependia exclusivamente do trabalho forçado dos pacientes, sob a justificativa de fazer parte do processo de reabilitação.
A Operação Resgate IV, fruto da colaboração entre diversas instituições, incluindo o Ministério Público do Trabalho e a Polícia Federal, teve um aumento significativo no número de resgatados em comparação com a edição anterior, realizada em 2023. Além disso, a operação resultou no resgate da pessoa mais idosa já encontrada em situação de escravidão, uma senhora de 94 anos em Mato Grosso.
Outro caso chocante envolveu uma mulher de 58 anos em São Paulo, que trabalhava para uma família desde os 11 anos de idade, sem receber salário. A persistência do trabalho escravo, tanto em ambientes domésticos quanto em estabelecimentos comerciais, ressalta a importância contínua de ações como a Operação Resgate IV na luta contra essa prática desumana.
Fonte: @ Agencia Brasil
Comentários sobre este artigo