“Ondas de calor extremas aumentam 19% riscos de crises de asma hospitalares em crianças, analisando dados demográficos, saúde, CEP e registros eletrônicos. Máximos diários historicamente quentes, termos: ondas, calor, extremo, visitas hospitalares, crianças, riscos.”
Uma pesquisa conduzida por especialistas da USP (Universidade de São Paulo) revelou que as ondas de calor intenso podem provocar um acréscimo na quantidade de atendimentos hospitalares a crianças devido a ataques de asma.
No verão passado, as temperaturas quentes e o calor intenso foram responsáveis por um aumento significativo nos casos de problemas respiratórios em crianças. As autoridades de saúde recomendam medidas preventivas para evitar complicações durante períodos de calor intenso.
Ondas de Calor: Impacto na Saúde das Crianças
A pesquisa apresentada na Conferência Internacional da American Thoracic Society, realizada em San Diego, Califórnia, entre 17 e 22 de maio, trouxe insights cruciais sobre a relação entre ondas de calor e crises de asma. A asma, uma condição respiratória crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, é caracterizada por sintomas como dificuldade para respirar, chiado no peito e respiração curta e rápida.
Os sintomas da asma podem ser agravados durante a noite, nas primeiras horas da manhã e em períodos de calor intenso. Mudanças bruscas de temperatura, exposição a alérgenos e poluição ambiental também podem desencadear crises asmáticas, como apontado pelo Ministério da Saúde. A análise de dados eletrônicos dos Hospitais Infantis Benioff da UCSF revelou que as ondas de calor diurnas estão diretamente ligadas a um aumento de 19% nas visitas hospitalares de crianças por asma.
Durante o estudo, os pesquisadores examinaram registros de 2017 a 2020, incluindo informações detalhadas sobre as visitas hospitalares por asma, dados demográficos e informações climáticas, como o tempo máximo diário e mínimo, com foco nos meses de junho a setembro, historicamente mais quentes. Os resultados apontaram que as ondas de calor prolongadas dobraram as chances de hospitalização devido a crises asmáticas, especialmente durante o dia.
Morgan Ye, analista de dados da Divisão de Medicina Pulmonar e Cuidados Críticos da UCSF, alerta para os impactos crescentes das mudanças climáticas, com ondas de calor mais frequentes e intensas. Ye destaca a importância de compreender os riscos associados ao calor para a saúde, especialmente para populações vulneráveis, como crianças e famílias com menor capacidade de adaptação.
Os pesquisadores enfatizam a necessidade de vigilância e intervenções direcionadas para mitigar os efeitos das ondas de calor na saúde das crianças asmáticas. Embora estudos anteriores tenham sugerido uma relação entre calor e asma, os dados sobre hospitalizações e atendimentos de emergência durante períodos de calor extremo ainda geram controvérsias. A pesquisa destaca a urgência de medidas preventivas e de apoio às comunidades mais afetadas pelos impactos do calor intenso nas condições respiratórias.
Fonte: © CNN Brasil
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