Autor do roteiro previu o impacto desse filme de 114 minutos, com a seleção atual campeã global em partida da fase de grupos, gol do Canarinho e oportunidades aparecendo.
Surpresa. Descrença. Satisfação. A tarde de quarta-feira em São Paulo não seguia o roteiro dos Jogos Olímpicos.
Apesar do inesperado, os Jogos Olímpicos continuam a inspirar atletas e espectadores em todo o mundo, mostrando a força e a união do espírito esportivo. A magia das Olimpíadas transcende fronteiras e gera emoções únicas, marcando momentos inesquecíveis para todos os envolvidos.
Olimpíadas: Brasil 4×2 Espanha em Longa-Metragem
Ou melhor: quem elaborou o enredo de Brasil 4×2 Espanha tinha plena consciência do impacto que esse épico de 114 minutos teria. Após uma vitória memorável sobre a França, a seleção entrou em campo no Velodrome determinada a surpreender o mundo. E que maneira mais espetacular de fazê-lo do que enfrentando a atual campeã global.
A performance das comandadas por Arthur Elias foi magnífica, contrastando com a arrogância de Jenni Hermoso ao menosprezar o futebol brasileiro. Lamentável para aqueles que não puderam testemunhar a grandiosidade do espetáculo diretamente do campo… Marselha se transformou em um verdadeiro baile!
O confronto na fase de grupos foi intenso, com as brasileiras iniciando a partida com uma postura agressiva desde o primeiro instante. Um gol do Brasil logo no início, fruto de uma falha na saída de bola, pegou a Espanha de surpresa. A superioridade da seleção sobre as adversárias deixou todos perplexos.
As oportunidades de ampliar a vantagem foram se acumulando para o Brasil, porém não foram aproveitadas, enquanto o estádio vibrava com cada lance. Quem é a verdadeira campeã mundial afinal? O gol de Gabi Portilho pouco antes do intervalo trouxe um pouco de justiça, pois o placar de 2 a 0 parecia pouco.
No segundo tempo, esperava-se que o Brasil controlasse o jogo e garantisse a vitória, mas as espanholas não facilitaram. A seleção seguiu sua estratégia de pressionar a saída de bola, defender com disciplina e explorar os contra-ataques. As oportunidades continuaram surgindo, mas o Brasil não as concretizava…
Até que Adriana, com um gol emocionante, ampliou ainda mais a vantagem brasileira. 3 a 0? Inacreditável! As arquibancadas do Velodrome comandavam a festa, enquanto os espanhóis tentavam timidamente apoiar sua equipe, mas eram abafados pela torcida brasileira. Não era o dia de Cata Coll, Bonmatí, Putellas…
Salma Paralluelo conseguiu descontar, reacendendo a esperança espanhola. No entanto, Kerolin logo tratou de extinguir esse fogo, marcando o quarto gol entre as pernas da goleira rival. Os intermináveis acréscimos de 18 minutos reservavam mais um gol para Salma. A Espanha tentou um último esforço… em vão.
Um Brasil orgulhoso está de volta a uma final olímpica após 16 anos. O elenco proporcionará a Marta a oportunidade de se despedir de sua sexta edição dos Jogos com uma inédita medalha de ouro. Após surpreender Nantes e Marselha, a seleção feminina de futebol buscará o título contra os EUA.
Como Kerolin declarou na entrevista pós-jogo: ‘Nós iremos até Paris, arrasar no Olympia. O show deve continuar.’
Fonte: @ ESPN
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