Tecnologia blockchain oferece proteção contra inflação e recompensa passiva com stablecoins lastreadas, ETFs de criptomoedas e transferência rápida em carteira de investimentos.
No mundo das criptomoedas, a descentralização e a segurança oferecidas pela tecnologia blockchain abrem um leque de possibilidades para a inovação e o crescimento. A criptoeconomia é um campo em constante evolução, que não se limita apenas ao setor financeiro, mas também se estende a outros segmentos, como o comércio eletrônico e a gestão de identidades digitais.
Os ativos digitais, como as criptomoedas, oferecem uma nova forma de investimento e troca de valores, permitindo que as pessoas tenham mais controle sobre suas finanças e transações. Além disso, a tecnologia blockchain proporciona uma camada adicional de segurança e transparência, o que é fundamental para o sucesso das criptomoedas e da criptoeconomia como um todo. A inovação é o motor que impulsiona o crescimento das criptomoedas.
As Criptomoedas: Uma Nova Era de Ativos Virtuais
As criptomoedas, outrora vistas como uma forma de obtenção de lucro por meio de transações de compra e venda de ativos, agora oferecem uma gama de possibilidades mais ampla e promissora. Seja como reserva de valor para o futuro, dolarização de carteira de investimentos, proteção contra inflação ou transferência rápida e barata de recursos entre pessoas e pagamentos, as criptomoedas já fazem parte da vida de centenas de milhões de pessoas em todo o mundo.
Além do campo do varejo, a expansão do uso de cripto no cenário institucional também é significativa. A empresa de inteligência blockchain Chainalysis revela, em seu quinto Índice Anual de Adoção Global de Criptomoedas, divulgado em setembro, que a atividade cripto em 2024 supera o pico de 2021, impulsionada principalmente pela avalanche de investimentos em ETFs de criptomoedas à vista por parte de bancos, empresas e grandes gestoras de investimentos.
Preferências dos Brasileiros por Criptoativos
No Brasil, há de se destacar a preferência dos brasileiros pelas stablecoins, ativos digitais lastreados em uma moeda fiduciária estável. Segundo estudo da Coinbase que mapeou o comportamento e as preferências deste público em torno de criptoativos, cerca de 42% dos entrevistados prefeririam ter stablecoins lastreadas no dólar americano, em comparação com 33% que gostariam de manter reservas da própria moeda. Além disso, a recompensa passiva que algumas stablecoins oferecem e a proteção contra inflação foram fatores de preferência mencionados por 53% e 49% dos participantes, respectivamente.
A tecnologia blockchain já é vista como uma solução para outros setores além das finanças, como saúde e filantropia. Outra pesquisa, conduzida pela Sherlock Communications, mostrou que 59% dos participantes brasileiros acreditam que a tecnologia pode revolucionar a maneira como os governos mantêm registros de saúde, ter um impacto positivo em comunidades desenvolvidas (58%) e ser usada como uma forma segura de doar para ONGs (60%).
Desenvolvimento de Novos Casos de Uso
Globalmente, o desenvolvimento de novos casos de uso avança de forma variada, dependendo de fatores como grau de adoção e familiaridade com a tecnologia, cenários de inovação e regulatório, contextos político e econômico, nível de infraestrutura digital, entre outros. A tecnologia blockchain está se tornando uma ferramenta importante para a comunidade financeira, oferecendo uma forma segura e transparente de realizar transações.
Alternativa em Países com Instabilidade Econômica
Nos países vizinhos ao Brasil, alguns com economias fragilizadas, a crise econômica dos últimos anos foi um dos principais fatores responsáveis pelo aumento do uso de criptomoedas entre a população. A inflação em alta e a desvalorização do peso argentino em relação ao dólar, somados a restrições cambiais e alta informalidade tem feito com que muitos vejam as criptomoedas, especialmente stablecoins, como alternativas de proteção de seu patrimônio. Neste contexto, não são raros os casos de conversão de salários de peso para stablecoins, tanto para uso no dia a dia quanto para reserva para o futuro.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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