Aplicativos de relacionamento enfrentam desafios para conquistar a Geração Z, que busca mais inteligência e menos mesmice na paquera, evitando o burnout e a frustração.
Nos últimos anos, os aplicativos de relacionamento se tornaram uma ferramenta essencial para quem busca encontrar alguém especial. Plataformas como o Tinder, Bumble e Grindr lideram o mercado, oferecendo uma experiência inovadora e fácil de usar para conectar pessoas de todo o mundo.
Com a popularidade crescente dos aplicativos de relacionamento, as pessoas começaram a explorar diferentes opções para encontrar o amor ou apenas uma conexão casual. Além dos aplicativos de pegação, como o Tinder, existem também plataformas de namoro mais sérias, como o OkCupid, e aplicativos de match, como o Hinge, que buscam criar relacionamentos mais significativos. A escolha certa depende do que você está procurando. Os aplicativos de relacionamento continuam a evoluir e se adaptar às necessidades dos usuários, tornando-se uma ferramenta cada vez mais importante na busca por conexões significativas. A tecnologia está mudando a forma como nos relacionamos.
Uma Nova Era para os Aplicativos de Relacionamento
A Geração Z está redefinindo a forma como os jovens se relacionam e interagem com os aplicativos de relacionamento. Enquanto os millenials eram atraídos por essas plataformas de namoro, a Geração Z está começando a se afastar delas. Segundo uma pesquisa realizada em 2023 pela empresa de inteligência de mercado Savanta, 9 em cada 10 jovens da Geração Z estão experimentando um tipo de burnout da paquera e estão abandonando os aplicativos de relacionamento.
Os motivos citados para essa aversão incluem frustração, mesmice, insegurança e superficialidade. Vinícius Cardoso, um profissional de marketing de 27 anos, é um exemplo disso. Ele havia usado aplicativos de relacionamento por quase uma década, mas decidiu desinstalá-los de seu celular. ‘Em aplicativos de ‘pegação’, sinto que é difícil encontrar algo significativo; em aplicativos de ‘match’, a conversa nunca vai para frente e exige muita energia para um resultado baixíssimo’, afirma.
O Desafio dos Aplicativos de Relacionamento
A jornalista Diana Cheng, de 27 anos, também compartilha essa visão. Ela acredita que os aplicativos de relacionamento podem ajudar a iniciar conversas, mas as expectativas pessoais e as ‘réguas’ de aprovação quase sempre terminam em frustrações. ‘Não tenho usado o aplicativo há algum tempo porque, de alguma maneira, eu já sabia que iniciar novas conversas seria como refazer todo o processo de marcar um encontro e gerar novas frustrações’, diz.
O ‘burnout da paquera’ online está se tornando um assunto de investidores preocupados com o desempenho das plataformas de relacionamento na Nasdaq. As ações da Match Group, a empresa-mãe que controla aplicativos como Tinder, OkCupid e Hinge, e do Bumble caíram cerca de 75% e 90%, respectivamente, desde 2021.
Um Novo Rumo para os Aplicativos de Relacionamento
O momento turbulento no mercado financeiro está exigindo mudanças nas empresas. O Match Group anunciou que demitirá 6% do seu quadro de funcionários, em meio a sete semestres consecutivos de declínio no número de usuários pagos. O Bumble também está passando por mudanças, com a brasileira Lidiane Jones assumindo o posto de CEO no fim de 2023. Em entrevista ao ‘Wall Street Journal’, Jones assumiu o compromisso de aumentar o investimento da companhia em inteligência artificial, como parte da sua estratégia de retomada do crescimento.
Os analistas financeiros consultados pelo Yahoo Finance entendem que a baixa das ações está atrelada à limitada perspectiva de crescimento em um mercado cada vez mais competitivo. No entanto, é claro que os aplicativos de relacionamento precisam se adaptar às necessidades e preferências da Geração Z para sobreviver.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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