Em 2023, o aquecimento global provocado por atividades humanas resultou em recordes de temperatura e degelo marinho, evidenciando a influência do aquecimento global em eventos climáticos extremos.
No ano passado, o Brasil enfrentou calor extremo por um período prolongado, resultado das mudanças climáticas. Entre 15 de maio de 2023 e 15 de maio de 2024, o país experimentou, em média, 65,9 dias a mais de altas temperaturas devido ao aquecimento global causado pelas ações humanas. Essa situação evidencia a urgência de medidas para combater o calor extremo e suas consequências.
O aumento das ondas de calor no Brasil reflete a tendência global de altas temperaturas. É crucial que a sociedade e os governos ajam de maneira decisiva para mitigar os efeitos do calor extremo. A conscientização sobre as causas e os impactos das altas temperaturas é fundamental para promover ações sustentáveis e preservar o meio ambiente para as futuras gerações.
Impacto do Calor Extremo no Mundo
Os dados apresentados no relatório das organizações WWA (World Weather Attribution), Climate Central e Centro Climático da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, revelam a alarmante realidade do calor extremo em nosso planeta. A análise, divulgada recentemente, utiliza técnicas de atribuição climática para investigar a influência do aquecimento global em eventos climáticos extremos.
Em um período de tempo específico, foram identificadas 76 ondas de calor extremo em 90 países diferentes, levando em consideração critérios como a duração desses eventos, impactos nas atividades econômicas e mortalidade associada ao calor. Estima-se que 6,3 bilhões de pessoas, o equivalente a cerca de 78% da população global, tenham enfrentado pelo menos 31 dias de calor extremo no último ano.
No Brasil, por exemplo, foram registrados 81,8 dias de altas temperaturas entre maio de 2023 e maio de 2024. Esses números alarmantes evidenciam a gravidade da situação, especialmente considerando que, em condições normais, seriam apenas 17,8 dias nesse patamar. O ano de 2023 foi marcado como o mais quente da história, com recordes sendo constantemente quebrados, incluindo a temperatura dos oceanos e o degelo marinho.
As consequências do calor extremo não se limitam apenas a recordes de temperatura, mas se manifestam em eventos climáticos extremos, como incêndios florestais, inundações, secas e enchentes devastadoras. A influência do aquecimento global nessas ocorrências é inegável, evidenciando a urgência de ações para mitigar seus efeitos.
O relatório destaca que as mudanças climáticas, provocadas principalmente pelas atividades humanas, têm contribuído para a intensificação e frequência de eventos climáticos extremos. As ondas de calor, em particular, são apontadas como as mais afetadas por esse fenômeno, resultando em impactos cada vez mais graves e duradouros.
É crucial compreender que, embora outros eventos climáticos também demandem atenção, o calor extremo é considerado o mais letal, resultando em milhares de mortes anualmente. Países como Suriname, Equador, Guiana, El Salvador e Panamá foram os mais afetados, com cidadãos expostos a um número alarmante de dias com altas temperaturas.
A análise das 76 ondas de calor revelou a influência direta das mudanças climáticas em sua ocorrência, tornando-as mais intensas e prolongadas. Um exemplo marcante foi o evento nas Ilhas Marshall, que se tornou 35 vezes mais provável devido ao aquecimento global. Esses dados reforçam a necessidade urgente de ações para enfrentar os desafios do calor extremo e suas consequências devastadoras.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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