Projeto Tão Longe, Tão Perto expande mercado de vinhos brasileiros com qualidade e consumo a granel de produtores éticos.
Criador, em 2014, do pioneiro food truck de vinhos no Brasil, o Los Mendozitos, dedicado à comercialização em copos de vinhos de mínima intervenção trazidos da Argentina, o engenheiro industrial com expertise em sustentabilidade, Ariel Kogan, se encantou pelos renomados vinhos brasileiros.
No cardápio do Los Mendozitos, além dos vinhos argentinos, agora também figuram excelentes opções de vinhos nacionais, oferecidos em garrafas reutilizáveis que contribuem para a redução do impacto ambiental. Apreciar uma boa bebida alcoólica no food truck de Ariel é uma experiência única e sustentável. expansão
Vinhos: Um Mercado em Expansão
‘A valorização do dólar me levou a explorar mais o mercado de vinhos nacionais e acompanhar a evolução da qualidade nos últimos dez anos’, compartilha ao NeoFeed. Focando nos pequenos produtores éticos e no desafio de tornar o consumo da bebida mais descontraído, Kogan tem se dedicado desde 2021 ao projeto Tão Longe, Tão Perto (TLTP), em parceria com a sommelière Gabriela Monteleone.
Especializada na venda de vinhos leves e descomplicados em growlers e kegs – garrafas reutilizáveis de 1 a 2 litros e barris de 20 litros respectivamente – conectados a torneiras como as de chopp, a plataforma viu sua Casa Tão Longe, Tão Perto, decolar. Inaugurado por volta de 2023, no bairro paulistano da Barra Funda, o local oferece 12 torneiras, poucas mesas e uma seleção limitada de petiscos fáceis de servir, principalmente queijos e embutidos, sendo concebido como um ponto de referência para a marca.
O intuito era atrair potenciais clientes de restaurantes e hotéis interessados na compra a granel de vinhos brasileiros de pequenos produtores artesanais selecionados por Gabriela. Além de promover o sistema de torneiras (taps), que facilita a venda por taça.
Por exemplo, enquanto uma garrafa preserva as características de um vinho aberto por no máximo três ou quatro dias, um barril conectado à torneira consegue manter a qualidade da bebida por até um mês. Ademais, o CMV por taça pode ser reduzido em pelo menos 50%, de acordo com Kogan, devido aos custos inferiores de embalagem e transporte.
Resultado disso: a Casa rapidamente atraiu o público final com sua seleção de brancos, rosés, tintos e laranjas a preços competitivos. Investidores também se interessaram pelo modelo de negócio inovador, simplificado e econômico do bar, impulsionando naturalmente sua expansão para outras localidades.
Em apenas um ano, mais duas filiais foram inauguradas: uma na cidade do Porto, em Portugal, e outra no Rio de Janeiro, onde o faturamento inicial já supera em 50% o da unidade paulista antes do final do mês. Como resultado, uma terceira unidade está a caminho em Lisboa. ‘Estamos procurando um ponto’, revela Kogan.
Com um tíquete médio de R$ 90, as Casas TLTP representam atualmente 25% da receita da marca, mas a meta é que ultrapasse os 50% nos próximos anos com a ampliação do número de pontos de venda. ‘Estamos analisando cuidadosamente os dados e oportunidades de crescimento, mas vemos um grande potencial de expansão nas unidades de venda, que exigem menos capital do que a distribuição de vinhos’, avalia o empresário.
Por ora, a expansão é realizada em parceria com empreendedores locais, como no Rio de Janeiro com Nelson Soares e Juan Manoel Prada, do restaurante Sult, e Ricardo Rebello, do gastrobar Sebastian. Os investimentos em cada loja giram em torno.
Fonte: @ NEO FEED
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