Secretário Senappen afirma que aumento do crime é indesejado, mas indica mais monitoramento do crime organizado pelo poder público.
Uma nova pesquisa do Ministério da Justiça sobre o crime organizado revela um crescimento no número de facções que operam nos presídios. O relatório, que será divulgado em breve, identifica um total de 72 facções, em 2024. Esse número representa um aumento em relação ao ano anterior, quando havia 68 facções atuando nas unidades prisionais.
Essa expansão das facções dentro do sistema carcerário evidencia a complexidade das relações entre os grupos criminosos. As organizações criminosas buscam ampliar sua influência e poder, desafiando as autoridades e a segurança pública. A dinâmica entre as facções dentro dos presídios é um desafio constante para as autoridades responsáveis pela manutenção da ordem e pela prevenção de conflitos.
Facções locais e sua atuação no cenário criminal
Cresceu significativamente a formação de facções locais, que atuam como parceiros dos grupos criminosos de maior destaque a nível nacional, o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV). Essas organizações criminosas locais têm uma função assistencial, embora mantenham sua autonomia e estratégias próprias de atuação.
O levantamento anual realizado pelo governo federal revela a presença e a influência dessas facções nos locais onde atuam. A próxima edição desse estudo será apresentada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, na semana que vem.
Recentemente, ocorreram eventos que chamaram a atenção para a violência ligada a essas facções. Um vídeo chocante mostra a tentativa de homicídio contra o ex-presidente da OAB de MT, que foi alvo de sete disparos. Além disso, a Polícia Federal desmantelou uma quadrilha responsável por fabricar metade das cédulas de reais falsas em circulação no Brasil.
De acordo com o secretário André Garcia, em entrevista à CNN, a atualização dos dados sobre as facções e seus locais de atuação em todo o país é fundamental para o desenvolvimento de políticas públicas eficazes no combate ao crime organizado. Ele ressalta que o mapeamento dessas organizações criminosas auxilia na definição de estratégias para enfrentar o crime fora do ambiente prisional.
Garcia destaca a importância das ações de inteligência prisional implementadas pelo governo, que incluem medidas como o rodízio de presos entre unidades prisionais e a interceptação das fontes de financiamento das facções. A luta contra o crime organizado exige um esforço conjunto e contínuo para garantir a segurança da população e a integridade do sistema prisional.
Fonte: @ CNN Brasil
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