Nesta sexta, o CNJ formou maioria para abrir PADs disciplinares contra desembargadores, incluindo Carlos, após investigações da Operação Lava Jato.
Via @portalmigalhas | Hoje, sexta-feira, 7, o plenário do CNJ formou maioria para abrir PADs – processos administrativos disciplinares contra os desembargadores Carlos Eduardo Thompson Flores e Loraci Flores de Lima, do TRF da 4ª região, e os juízes Danilo Pereira Júnior e Gabriela Hardt, que atuaram na 13ª vara Federal de Curitiba/PR. A Operação Lava Jato continua a gerar repercussões no meio jurídico brasileiro.
Os desdobramentos da Operação Lava Jato são cada vez mais presentes, demonstrando a importância de investigações rigorosas para combater a corrupção. O plenário do CNJ tomou medidas contra os envolvidos, evidenciando a necessidade de transparência e responsabilidade no sistema judiciário. A Operação Lava Jato permanece como um marco na história do Brasil, influenciando a maneira como casos de corrupção são tratados no país.
Operação Lava Jato: Desembargadores Envolvidos em Processos Administrativos
Os quatro magistrados estiveram diretamente ligados às investigações da operação Lava Jato. Durante o julgamento virtual que se encerrou nesta noite, o entendimento do corregedor Nacional de Justiça e relator dos casos, ministro Luis Felipe Salomão, prevaleceu. Até o momento, oito conselheiros votaram a favor da abertura dos processos administrativos disciplinares, dois foram contrários e cinco ainda não se pronunciaram. Salomão também defendeu o afastamento imediato dos magistrados de suas funções, sendo acompanhado por seis conselheiros até o momento.
Guilherme Guimarães Feliciano discordou dos afastamentos, embora tenha concordado com a abertura dos processos administrativos disciplinares. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) iniciou a análise do caso em 16 de abril, durante uma sessão presencial. Na ocasião, Salomão votou a favor da abertura dos processos contra os quatro magistrados, sendo que Barroso havia solicitado vista.
Com a devolução da vista, Barroso trouxe uma divergência ao entender que não há elementos que justifiquem a abertura das apurações. O presidente do Conselho ressaltou a importância da independência dos juízes para atuarem de forma imparcial. A decisão de litígios sempre resulta em descontentamento de uma das partes envolvidas, porém, é essencial que os magistrados ajam com independência para aplicar corretamente a lei.
Gabriela Hardt é acusada pelo corregedor de ter autorizado o repasse de aproximadamente R$ 2 bilhões, provenientes de acordos de delação, para um fundo gerido pela força-tarefa da Lava Jato. A decisão foi tomada em 2019, quando a juíza atuava na 13ª Vara Federal em Curitiba, responsável por julgar processos da operação Lava Jato. Atualmente, Gabriela exerce suas funções na 23ª Vara Federal da capital paranaense.
Thompson Flores e Loraci Flores foram acusados de desrespeitar uma decisão do Supremo Tribunal Federal que suspendeu processos contra o ex-juiz da Lava Jato, Eduardo Appio. Ambos faziam parte da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal, colegiado que afastou Appio de seu cargo. O juiz Federal Danilo Pereira também participou do julgamento. Atualmente, os dois desembargadores estão afastados por determinação do CNJ.
A defesa dos juízes argumenta que não há fundamentos suficientes para o afastamento dos magistrados. Os processos em questão são identificados pelos números 0006133-82.2023.2.00.0000 e 0006135-52.2023.2.00.0000.
Fonte: © Direto News
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