Economista indicado para presidir BC no futuro; Lula foi último presidente do Banco Central, Fernando Haddad foi ministro da Fazenda.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje que o futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, terá total autonomia para conduzir as ações do órgão. O renomado economista foi nomeado pelo presidente Lula na quarta-feira passada para assumir a presidência do Banco Central, em um comunicado oficial feito pelo ministro da Economia, Fernando Haddad, no Palácio do Planalto.
Com a nomeação de Gabriel Galípolo para a presidência do BC, o governo demonstra confiança em sua capacidade de gerir a política monetária do país. A expectativa é que o novo presidente do Banco Central implemente medidas que fortaleçam a economia nacional e promovam o crescimento sustentável. A posse de Galípolo está prevista para acontecer em breve, marcando o início de uma nova fase para a instituição financeira.
Banco Central e a autonomia do presidente
É um jovem extremamente competente, afirmou o presidente em entrevista à Rádio MaisPB, em João Pessoa, na manhã de hoje. Ele vai trabalhar com a autonomia que trabalhou o Meirelles, ex-presidente do Banco Central, até porque ele vai ter mandato. Quando ele passar no Senado, ele vai ter mandato de quatro anos, o mesmo mandato do presidente da República. Isso dá a ele o direito de fazer as coisas corretas. Se tiver que baixar juros, baixa. Se tiver que aumentar os juros, aumenta. Mas tem que ter uma explicação, completou o presidente.
Galípolo e sua trajetória no Banco Central
Ex-secretário de Economia e de Transportes do governo de São Paulo, Galípolo trabalhou na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), no Centro Brasileiro de Relações Internacionais e no Banco Fator, instituição que ele fundou. Em 2023, assumiu o cargo de secretário-executivo do Ministério da Fazenda, até ser indicado e aprovado para a diretoria de Política Monetária do BC, que ele ocupa desde julho do ano passado.
Lula e suas críticas ao Banco Central
Lula voltou a criticar o atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o patamar da taxa básica de juros, a Selic, em 10,5% ao ano. O presidente afirmou ainda não concordar com a autonomia do Banco Central. Se eu tivesse voto, eu era contra. Mas tá aí, vai ficar. Eu acho que o presidente da República tem o direito de indicar o presidente do Banco Central e de tirar se não gostar. Eu coloco o Galípolo com mandato e se ele fizer uma coisa muito errada. O que eu faço? Não sei quem criou a ideia de que o cara é intocável, disse.
Elon Musk e a decisão do STF
Questionado sobre a atitude do bilionário Elon Musk de não cumprir decisão do Supremo Tribunal federal (STF), Lula afirmou que cidadãos brasileiros e estrangeiros com investimentos no Brasil têm que respeitar leis brasileiras e decisões da Corte Suprema do país. Na última quarta-feira (28), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), intimou Musk, dono da rede social X, antigo Twitter, determinando que ele indicasse um representante legal no Brasil no prazo de 24 horas. Musk não cumpriu a medida dentro do prazo previsto. Não é porque o cara tem muito dinheiro que ele pode desrespeitar. Ele é um cidadão americano, ele não é um cidadão do mundo. Ele não pode ficar ofendendo os presidentes, os deputados, o Senado, a Câmara, a Suprema Corte. Ele pensa que é o quê? Ele tem que respeitar a decisão da Suprema Corte brasileira. Se quiser bem, se não quiser, paciência. Se não for assim, esse país nunca será soberano, disse.
A suspensão da rede social X no Brasil
Nesta tarde, Alexandre de Moraes determinou a suspensão da rede social X no Brasil por ter descumprido a intimação. Pela decisão desta sexta-feira (30), caberá à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) cumprir a suspensão em 24 horas e comunicar as operadoras de telefonia para realizarem os bloqueios. As operadoras também deverão bloquear o uso de VPN por usuários que tentem burlar a suspensão.
Fonte: @ Agencia Brasil
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