Pesquisa da Cushman & Wakefield mostra que regiões como as avenidas Chucri Zaidan e Berrini contribuem para o reaquecimento do mercado imobiliário de escritórios corporativos, com redução significativa na absorção líquida na região da avenida.
Renato Almeida, responsável pelas lajes corporativas da consultoria americana Cushman & Wakefield, frequentemente compara o mercado imobiliário com uma locomotiva. Quando a crise atinge, ele demora para frear. E quando a economia se recupera, sua retomada é mais gradual. A boa notícia é que, após um 2023 desafiador, um espaço em particular do setor está voltando aos trilhos: as lajes corporativas de alto padrão.
Com a retomada da economia, os escritórios e prédios corporativos estão sendo procurados novamente. Isso é um sinal positivo para o mercado imobiliário, que sofreu com a crise. As lajes corporativas de alto padrão são especialmente procuradas por empresas que buscam espaços modernos e eficientes para seus funcionários. Com a recuperação da economia, é provável que o mercado imobiliário continue a crescer, oferecendo oportunidades para investidores e empresas que buscam imóveis de alta qualidade.
Recuperação do Mercado de Lajes Corporativas em São Paulo
A recuperação do mercado de lajes corporativas em São Paulo está se espalhando para além do eixo tradicional dos escritórios da Faria Lima, do Itaim Bibi e adjacências. De acordo com uma pesquisa da Cushman & Wakefield, que analisou dados de escritórios corporativos na capital paulista no terceiro trimestre, há um movimento de empresas em busca de qualidade e redução de custos.
Esse fenômeno é conhecido como ‘flight to price’, segundo Almeida, que afirma que as empresas estão procurando por lajes corporativas de alta qualidade, mas com preços mais acessíveis. Os números do segundo trimestre mostram que o mercado de escritórios classe A e A+ de São Paulo registrou a maior absorção líquida do ano, com 44.584 metros quadrados.
A avenida Rebouças e a Faria Lima lideraram o ranking, com 8.792 e 7.720 metros quadrados, respectivamente. No entanto, a região da avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini também se destacou, com 8.129 metros quadrados. Outras regiões, como a avenida Juscelino Kubitschek e a Marginal Pinheiros, também apresentaram resultados positivos.
Regiões Emergentes no Mercado de Lajes Corporativas
A região da avenida Chucri Zaidan, na zona sul de São Paulo, foi uma das principais surpresas do período, com 6.865 metros quadrados de absorção líquida. Além disso, a região da Chucri Zaidan liderou o ranking de absorção bruta, com 9.639 metros quadrados.
A Faria Lima, no entanto, continua a ser uma das regiões mais caras do mercado, com preços médios por metro quadrado de R$ 286,20. Em contrapartida, regiões como a Chucri Zaidan e a Berrini oferecem preços mais acessíveis, com médias de R$ 102,55 e R$ 97,37, respectivamente.
A migração de empresas para regiões mais descentralizadas é impulsionada por empresas dos setores de serviços, que buscam qualidade e redução de custos. Almeida afirma que há um equilíbrio maior da demanda e que a tendência é de que a absorção comece a migrar para as regiões mais descentralizadas.
Preços e Condições no Mercado de Lajes Corporativas
Os proprietários de imóveis em regiões como a Faria Lima e a Vila Olímpia estão testando o mercado e pedindo valores próximos de R$ 300 até R$ 330 o metro quadrado. No entanto, em regiões como a Chucri Zaidan, os donos dos imóveis estão oferecendo condições melhores e boas concessões, com carências e descontos.
A Chácara Santo Antônio, na zona sul, registrou a menor cifra do mercado, com R$ 83,29 por metro quadrado. Em média, o aluguel de um escritório do mesmo padrão é três vezes mais caro na Faria Lima em comparação com a Chucri Zaidan e a Berrini.
Fonte: @ NEO FEED
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