Mudança significativa: meta central com faixa de tolerância percentual para monitorar inflação acumulada, Presidente Lula apoia manutenção da margem.
O governo federal revelou hoje uma importante alteração no combate à inflação ao oficializar um decreto no Diário Oficial da União, estabelecendo a ‘meta constante’.
A implementação desse novo modelo visa aprimorar o controle da inflação e fortalecer o sistema de metas estabelecido, considerando o índice de preços e a taxa básica de juros como indicadores fundamentais para a estabilidade econômica do país.
Novo formato de metas de inflação a partir de 1º de janeiro de 2025
O sistema de metas de inflação, que serve como base para o Banco Central definir a taxa básica de juros, está passando por uma significativa mudança de sistema a partir de 1º de janeiro de 2025. As metas de inflação, juntamente com o sistema de metas, o índice de preços e a taxa básica de juros, serão redefinidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), com base em uma proposta do ministro da Fazenda. A meta central e a faixa de tolerância percentual – a margem que define o cumprimento estabelecido – serão estabelecidas pelo CMN, com o objetivo de manter a inflação dentro dos limites estipulados.
Espera-se que o CMN se reúna em breve para definir os parâmetros dessa nova meta. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou seu apoio à manutenção da meta atual de 3%, com uma faixa de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Isso significa que a inflação poderá variar entre 1,5% e 4,5% sem que a meta seja considerada descumprida.
De acordo com o decreto, o índice de preços adotado também será escolhido pelo CMN, seguindo a proposta do ministro da Fazenda. Atualmente, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE, é o indicador utilizado para monitorar a inflação acumulada. A mudança mais significativa introduzida pelo decreto é a transição do sistema de metas anuais para a meta contínua.
Com a nova meta contínua, o governo passará a monitorar a inflação acumulada ao longo dos 12 meses anteriores, mês a mês, proporcionando maior estabilidade e previsibilidade. O CMN, composto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, terá a responsabilidade de definir e ajustar a nova estrutura de metas de inflação.
Essa mudança no sistema de metas de inflação visa garantir uma abordagem mais eficaz na condução da política monetária, permitindo uma margem de flexibilidade para lidar com as flutuações da economia. A nova meta central e a faixa de tolerância estabelecida pelo CMN refletem o compromisso do governo em manter a estabilidade dos preços e promover o crescimento econômico sustentável.
Fonte: @ JC Concursos
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