Desaceleração do PIB na conta, mercado vê governo empenhado em turbinar iniciativas pró-crédito, que cresce a dois dígitos em 2024, com ajustes na taxa de juro e política fiscal.
O crescimento econômico do Brasil em 2023 foi de 2,9%, e para este ano, o Ministério da Fazenda e o Banco Central estimam um avanço de 3,2%. Essa previsão é compartilhada por bancos e consultorias, que também acreditam que o governo precisa tomar medidas mais eficazes para impulsionar a economia. A expectativa é que o governo continue a desempenhar um papel fundamental na recuperação econômica do país.
No entanto, para 2025, o Banco Central prevê uma desaceleração do crescimento, com uma expansão de apenas 2%. Essa previsão é compartilhada por economistas de mercado, que esperam que o poder executivo tome ações mais contundentes para dar suporte à demanda e, portanto, ao consumo das famílias. A administração pública precisa ser mais eficiente em suas políticas econômicas para garantir um crescimento sustentável e evitar uma recessão. A estabilidade econômica é fundamental para o desenvolvimento do país.
O Governo e o Crédito: Uma Relação Estratégica
O presidente Lula tem dado atenção especial ao crédito, algo que se assemelha ao que ocorreu em 2023, quando a economia apresentou um desempenho surpreendentemente bom no primeiro trimestre, mas logo arrefeceu. Isso disparou alertas no governo, que estava sobrecarregado por mudanças na agenda fiscal. Nos próximos dias, Lula participará da reunião dos Brics, na Rússia, enquanto Fernando Haddad estará em reuniões no âmbito do G-20, FMI e Banco Mundial, em Washington, nos EUA.
A breve ausência do presidente em território nacional não deve ofuscar as expectativas para o final de 2024, que incluem uma maior mobilização na área do crédito. O cenário é semelhante ao de 2023, com a atividade econômica apresentando uma surpresa positiva, mas com um declínio certo devido à taxa de juro elevada. Essa taxa será discutida em um grupo de trabalho a ser constituído no âmbito do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, como anunciado após um encontro entre o presidente Lula, a Febraban e banqueiros.
A expectativa de que iniciativas públicas possam frear apostas pessimistas para o PIB de 2025 e 2026 é resultado da mobilização do governo e dos bancos. Isso também pode afetar a arrecadação, que sustenta uma política fiscal em que os gastos crescem mais que as receitas. A três meses do início da segunda metade do atual mandato presidencial, o ministro Haddad alinhou o discurso às demandas do mercado e anunciou a preparação de um pacote de revisão de gastos.
A Política Fiscal e o Crescimento Econômico
As medidas a serem encaminhadas a Lula e, posteriormente, ao Congresso, recebem o verniz de política de Estado, e não de governo. Essa classificação superlativa visa facilitar um pacto entre os três Poderes em favor do crescimento econômico. A ideia é oxigenar o discurso de analistas que criticam as contas públicas e abreviam o espaço de iniciativas que apontam para além do fiscal.
Apesar da perspectiva de Selic mais acelerada a partir de novembro, o crédito cresce e os juros recuam. Isso fortalece medidas tomadas ao longo do tempo, não apenas pelo atual governo, que há um ano acionou o crédito para turbinar a atividade. O presidente Lula promoveu uma minirreforma ministerial para acomodar partidos do Centrão e fortalecer sua base no Congresso.
Em setembro de 2023, Lula trocou o comando de duas pastas e anunciou a criação do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. Ele apontou o crédito como ferramenta para promover o crescimento. A administração do governo e a autoridade do executivo são fundamentais para impulsionar o crescimento econômico e melhorar a política fiscal. O poder do governo em moldar a economia é evidente, e a política de Estado é essencial para garantir o crescimento sustentável.
Fonte: @ NEO FEED
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