Decisão de reduzir a Selic para 10,5% dividiu membros do Copom, com 5 votando por 0,25 p.p e 4 por 0,5 p.p, gerando ruído na sociedade.
O diretor de política monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou que a inflação está sendo monitorada de perto, e que a divisão que ocorreu na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) levantou debates, discussões e desconfiança pela forma como foi feita. A preocupação com a inflação tem sido constante nas decisões do Copom, visando manter a estabilidade econômica do país.
Galípolo destacou que as expectativas de inflação para os próximos meses são um ponto de atenção, e que é preciso agir com cautela diante desse cenário. A transparência nas ações do BC é fundamental para manter a confiança dos investidores e a credibilidade da política econômica. É importante que as medidas adotadas levem em consideração não apenas o presente, mas também as projeções futuras de inflação.
Discussões sobre a Inflação e as Expectativas de Inflação
Durante a manhã da reunião, foi observada uma divisão surpreendentemente semelhante do ponto de vista do mercado em relação ao que era esperado. A decisão de reduzir a taxa Selic de 10,75% para 10,5% ao ano gerou debates entre os membros do Copom. Cinco membros optaram por um corte de 0,25 ponto percentual (p.p), enquanto quatro votaram por 0,5 p.p.
Em um evento da Unifei, foi destacado que, por diversas questões, incluindo o ambiente político na sociedade, a forma como a divisão se apresentou levantou discussões e desconfianças. Mesmo que as expectativas de inflação sejam tecnicamente defensáveis, há um certo ruído gerado que ainda persiste.
Galípolo ressaltou que, apesar do cenário atual, ele mantém a serenidade e acredita que o desenrolar do processo será favorável à autoridade monetária. Ele expressou confiança de que o Banco Central, ao longo do tempo, será capaz de dissipar quaisquer dúvidas levantadas, reforçando o compromisso com a meta de inflação através da política de juros restritiva.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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