Na Conferência Valor em NY, diretor monetário do BC alignou-se com a presidência da autarquia, discutindo juros foi difícil. Corte, ritmo, orientação, projeto, tom, adicional, processo, autonomia, graus, liberdade, barra, soltar, relação, mecânica.
O diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, destacou a importância de corte na taxa de juros para estimular a economia. Segundo ele, é fundamental avaliar com cautela o momento certo para efetuar o corte e garantir que os impactos sejam positivos.
Galípolo ressaltou que a estratégia de diminuir gradualmente a taxa de juros pode trazer benefícios a longo prazo, contribuindo para a estabilidade econômica. Ele enfatizou que é necessário manter um equilíbrio entre a necessidade de corte e a manutenção da inflação controlada, visando promover um ambiente favorável ao crescimento sustentável.
Corte, Taxa de Juros e Decisões do Copom
No desfecho da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a orientação foi clara: reduzir o ritmo de corte da taxa básica de juros em 0,25 ponto, em vez de seguir a projeção de diminuição de 0,5 ponto. A deliberação foi dividida, com Galípolo entre os membros que defenderam o corte de 0,5 ponto percentual, que acabou não prevalecendo.
Votar por uma redução de 0,25 ponto percentual foi algo que ele considerou em diversas conversas com os colegas. ‘Estaria bastante à vontade para apresentar todos os argumentos que me levaram a optar por 0,25 ponto percentual, mas reconheço que o aspecto crucial na mudança de meio para 0,25 era transmitir um tom adicional de preocupação ao mercado, para além do consenso entre os membros do Copom’, afirmou.
Segundo o diretor, não seguir a orientação tinha um custo em termos de credibilidade para a autoridade monetária. Galípolo ponderou que existem percepções distintas em relação a cada integrante do colegiado. ‘Com o processo de autonomia do BC, cada diretor será cada vez mais avaliado individualmente por seu comportamento’, avaliou.
Ele ressaltou a importância da credibilidade para os BCs, destacando a coerência entre discurso e ação, que se constrói ao longo do tempo. ‘Quando se ganha credibilidade, também se ganha graus de liberdade, inclusive para eventualmente não seguir uma orientação e ainda assim não gerar dúvidas sobre a reação esperada’, explicou.
Galípolo reconheceu que diretores mais recentes, como ele, podem ser mais questionados sobre suas posições. ‘É normal que diretores mais novos sejam mais demandados para explicar suas decisões’, afirmou, referindo-se ao questionamento sobre seu voto divergente na última reunião do Copom.
Ele enfatizou a importância da comunicação oficial, ressaltando a parcimônia e serenidade, e que a decisão de abandonar a orientação é tomada com cautela, sem uma relação mecânica com outros fatores. ‘Não se deve se deixar levar por dados voláteis’, alertou.
No cenário nacional, a taxa terminal nas expectativas da pesquisa Focus do BC aumentou consideravelmente, o que preocupa. Galípolo destacou a relevância de transmitir essa preocupação ao reduzir o ritmo, como foi proposto.
Fonte: @ Valor Invest Globo
Comentários sobre este artigo