Estudo revela que fungos estão se tornando capazes de infectar humanos, possivelmente devido ao aumento das temperaturas e resistência a antifúngicos.
Milhões de espécies de fungos estão presentes no ar, no entanto, apenas cerca de 20 podem causar infecções em seres humanos. Isso ocorre, pois o sistema imunológico hábil na proteção contra esse grupo de patógenos. Além disso, o corpo humano é muito quente para a sobrevivência da maioria das espécies de fungos.
Os fungos são um tipo de microrganismos que desempenham papéis essenciais na natureza, atuando como decompositores e contribuindo para a reciclagem de matéria orgânica. Além disso, alguns fungos são utilizados na produção de alimentos, como os cogumelos, enquanto outros podem causar problemas de saúde, como os mofos. É importante compreender a diversidade e os diferentes impactos que os fungos podem ter em nosso ambiente e em nossa saúde.
Fungos: Microrganismos Adaptando-se ao Aquecimento Global
Fungos, microrganismos essenciais para o equilíbrio ecológico, estão se mostrando cada vez mais hábeis em se adaptar às mudanças climáticas. Um estudo recente revelou que alguns mofos estão evoluindo para se tornarem capazes de infectar seres humanos, o que levanta preocupações sobre a saúde pública. A maioria das espécies de fungos são inofensivas para os mamíferos devido à temperatura corporal de 37°C, mas há indícios de que certos cogumelos, como R. fluvialis e R. nylandii, estão se tornando mais resistentes a essa barreira natural.
A pesquisa, publicada na revista Nature Microbiology, analisou dados de infecções fúngicas em hospitais chineses ao longo de uma década. Surpreendentemente, foram identificados fungos que antes não eram conhecidos por causar doenças em humanos. Esses microrganismos foram capazes de infectar camundongos com sistemas imunológicos comprometidos, sugerindo uma evolução preocupante.
O aumento das temperaturas tem sido apontado como um fator contribuinte para a resistência dos fungos a antifúngicos. Em condições mais quentes, as colônias de fungos apresentaram uma taxa de mutações mais elevada, resultando em uma maior capacidade de resistência a medicamentos. Esse fenômeno levanta questões sobre a eficácia dos tratamentos antifúngicos disponíveis e a necessidade de desenvolver novas abordagens terapêuticas.
Especialistas, como Jatin Vyas, alertam para os riscos potenciais dessa evolução fúngica. O sistema imunológico humano pode enfrentar desafios cada vez maiores à medida que os fungos se adaptam a ambientes hostis. O cenário de novos patógenos fúngicos capazes de causar doenças infecciosas graves é uma possibilidade real, exigindo uma resposta rápida e eficaz da comunidade científica e médica.
A relação entre o aquecimento global e a evolução dos fungos é uma questão complexa. Enquanto alguns pesquisadores apontam para a resistência dos microrganismos como uma consequência direta do aumento das temperaturas, ainda faltam evidências conclusivas para estabelecer essa ligação de forma definitiva. O desafio de compreender e mitigar os riscos associados à evolução dos fungos é urgente e requer uma abordagem colaborativa e multidisciplinar.
Fonte: @ Terra
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