No Japão, a dinâmica dos meios de transporte e dos pagamentos transforma a viagem super viável, comedoras vorazes de sushi.
Essa história não é sobre turismo, mas vamos falar das minhas aventuras de julho. Realizei uma viagem para o Japão com minhas filhas de 3 e 6 anos. Foi uma experiência incrível, onde pudemos explorar a cultura japonesa e nos encantar com as paisagens deslumbrantes do país do sol nascente.
A viagem foi repleta de momentos inesquecíveis, desde visitas a templos milenares até passeios em parques temáticos. As crianças adoraram cada momento do passeio, e eu pude reviver a magia de descobrir um lugar novo através dos olhos delas. O jet lag não foi um problema, e voltamos para casa cheios de histórias para contar.
Transformação na Dinâmica dos Meios de Pagamento e Fluxos Financeiros em Viagem
E, como elas são ávidas comedoras vorazes de sushi, não encontraram dificuldades no quesito alimentação. Mas o foco aqui é abordar a questão financeira. Não sobre o montante gasto ou a desvalorização do iene, mas sim sobre algo que despertou minha curiosidade: a dinâmica dos meios de pagamento e fluxos financeiros na terra do sol nascente. No planejamento da viagem, isso se tornou uma preocupação e me fez analisar todo o processo sob a perspectiva da transformação da moeda que ocorre em nosso mundo. Impulsionada pela tecnologia e hábitos. Não faz muito tempo que viajar para o exterior envolvia levar consigo dinheiro em espécie em moedas fortes (euros e dólares) para trocar no destino, cheques de viagem e cartões de crédito e débito. Ao chegar ao país, era necessário procurar bancos ou casas de câmbio para realizar a troca. Como precaução para emergências ou problemas com cartões, sempre era prudente levar uma reserva extra de dinheiro em espécie. Atualmente, a situação é completamente diferente. A primeira etapa no planejamento de uma viagem (além da passagem, hospedagem e itinerário) é garantir acesso à internet. Certamente você já passou por essa situação. Inicialmente, verifica se o plano de seu celular inclui o país de destino, se há custos adicionais, se vale a pena, se adquire um chip pré-pago global ou um e-sim (um ‘chip sem chip’). Afinal, o celular é essencial para comunicação, armazenamento de dados de passagens, hotéis, transporte e aplicativos relacionados a isso (sites de compra de passagens, reservas de hotéis e carros, por exemplo). Além disso, cada vez mais utilizamos cartões de crédito e débito físicos e virtuais, armazenados na carteira digital do celular. Nossos bancos estão literalmente dentro deles. Recorremos a aplicativos de transporte e locomoção em geral, além de ingressos guardados na carteira digital. Sem mencionar os mapas e guias, todos digitais. No passado, costumava comprar guias de viagem específicos dos países que visitava e cadernos de anotações com dicas. Atualmente, essa prática caiu em desuso, tudo está no celular. Se no dia a dia você não lida com investimentos globais e contas no exterior, ao viajar, busca os melhores serviços online de conta, remessa, crédito e débito disponíveis. Dessa forma, mesmo estando no exterior, é possível realizar transferências da sua conta bancária por meio do Pix e acessar seu dinheiro em diferentes moedas ao redor do mundo. No Japão, a fluidez da moeda e a facilidade nos pagamentos atingem um nível de agilidade e sofisticação super viável, combinando com uma simplicidade milenar. No Brasil, a maioria das transações de compra é realizada através de cartões de débito, crédito ou Pix. Já faz um bom tempo que não utilizo caixas eletrônicos para sacar dinheiro. Até o bilhete do metrô é adquirido via Pix, utilizando um aplicativo que gera um QR code na tela do celular, a ser apresentado na bilheteria. No entanto, ao visitar o Japão, percebi que estamos em um estágio muito inferior. O Brasil está no caminho certo, mas ainda há muito a ser feito e acredito que complicamos as coisas sem buscar eficiência adequada. Aqui, ainda há uma grande concentração em determinadas bandeiras de pagamento.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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